domingo, 30 de setembro de 2012

Dredd


Por Pachá
A nova versão para os HQs de William Wisher Jr. E Michael De Luca do diretor Peter Travis é bastante convincente, tanto pelo aspecto de aproximação com HQ, tanto pela questão de ação, ainda que apresente estrutura de vídeo game e, portanto de extrema previsibilidade. Num futuro onde a escalda da criminalidade demanda ações judiciárias rápidas para manter a ordem, entra em ação os juízes, detentores do poder de coerção e de punição, prendendo e julgando no ato da prisão. Dredd é um resignado juiz que procura fazer seu trabalho a despeito de todas as estatísticas da violência.

É explicita a preocupação com as cenas de ação, que alias é bem interessante, não há muito alivio e nesse sentido Travis se mostrou bem a vontade. Há derramamento de sangue a dar inveja em Tarantino, a estética da violência com cenas em slow motion por si só já vale o ingresso, certamente agradaria ao poeta da violência Peckinpah. Outro ponto muito favorável a trama na idealização de um futuro caótico também agrada, as cenas filmadas na África acaba por dar verossimilhança uma vez que estamos pouco acostumado com esses cenários, basta lembrar de District 9. Nas atuações não há muito que se dizer, os papeis estão bem desempenhado dado ao gênero, Karl Urban como Dredd incorporou personagem, pois nem sequer tira o capacete e suas falas lembram muito o quadrinho, ao contrário do Dredd vivido por Stallone que era engraçado e passava maior parte sem o capacete, lembro que no quadrinho Dredd jamais tirou capacete, apenas sabíamos de suas feições através de flashbacks do personagem. Sua assistente Anderson “rookie” (Olivia Thirby) como telepata não eleva nem fere o desenvolver da trama que é bem simples, ao investigar um tríplice homicídio Dredd e sua assistente “rokie” ficam encurralados dentro de complexo habitacional, uma favela sci-fi, onde suas cabeças são postas a premio pela malvadeza do pedaço ma-ma (Lena Headey). E ai Travis não se faz de rogado, e deixa enorme trilha de sangue por onde Dredd passa.

Os produtores já disseram que se o filme for bem nas bilheteria teremos uma trilogia, fato que não foi negado pelo roteirista Alex Garland. 


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