sábado, 28 de agosto de 2010

John Hughes

Por Pachá
Quem tem mais de trinta anos, certamente já ouviu falar de John Hughes, e se não ouviu certamente já assistiu a algum filme dele, mesmo sem saber. Alguns filmes de Hughes preencheram de forma memorável, certas tardes de sessão da tarde, com muita diversão, otimismo e empatia por personagens perdedores, que tanto me identificava, mas que ao final nos diziam que em algum momento algo tem que dar certo, pois é, a vida seguiu e nos demos conta de que isso não funciona assim, mas aquelas tardes a frente da pequena tela ou na matinê dos cinemas carioca e América da pça. Saens Penha no Rio de Janeiro ficaram impregnadas na lembrança e graças a esse sujeito, John Hughes, tomávamos conhecimento do comportamento adolescente da época, ainda que de uma maneira americanizada. Na década de 80, o new wave ditava os padrões de comportamento, moda e música que Hughes assimilava e colocava nas telas de forma como ninguém, ele foi uma unanimidade quando o assunto era comédias juvenis, sendo, portanto seguido por vários diretores, dentre eles podemos citar, Kevin Smith, fã assumido dos filmes de Hughes. E o cara embarcou em outro filme em agosto 2009, teve uma parada cardíaca, aos 59 anos, enquanto caminhava em Manhattan, mas seu legado ficou para reavivar os saudosistas e mostrar a nova geração como se comportava os jovens de meados da década de 80. Sua filmografia que retrata o que mencionei nas linhas acima vale ser comentada.
1984 - Sixteen Candles, no Brasil Gatinhas e Gatões embalou sonhos de meninas e meninos e colocou no estrelato Molly Ringwald a adolescente que logo virou a queridinha da sessão da tarde, pois veio a participar de vários filmes de Hughes, mas sua carreira não passou disso, digo dos filmes de Hughes e algumas outras comédias não tão legais e logo caiu no ostracismo, atualmente faz episódios para TV. Outro que iniciou nos filmes de Hughes foi o John Cusack. O enredo é o mesmo que vai preencher os demais filmes de Hughes, a terrível fase de transição da adolescência para a fase adulta, os complexos, as descobertas, o sexo, enfim todos esses lastros que carregaremos e que marcarão nossas vidas até o final.


1985 - Breakfast Club, com título de clube dos cinco no Brasil, conta o encontro e os laços de amizade formados por cincos rebeldes, que mal se conheciam. No elenco além de Molly Ringwald e Anthony Michael Hall que marcarão presença nos filmes de Hughes, aparece também o Emilo Stevez e Judd Nelson, o primeiro veio a fazer um outro clássico Repo Man, mas está no ostracismo, o segundo não fez mais nada que valha qualquer esforço para ver.



Ainda em 1985 é lançado Weird Science (Mulher Nota 1000), que conta a história de dois nerds perdedores, que não conseguem uma namorada, então eles resolvem criar uma. O elenco tem o já manjado Anthony Michael Hall, Robert Downey Jr. o , já naquela época, eterno mala Bill Paxton e a estonteante Kelly Lebrock, devo confessar que esse filme bagunçou meu imaginário juvenil e Lebrock passou a ser meu exercício predileto da polução noturna.


1986 - Ferris Bueller's Day Off (curtindo a vida a doidado), e mais uma vez Hughes nos coloca dentro do universo estudantil americano, e conta as peripécias de um malandro para cabular as aulas. O filme lançou o Matthew Broderick, que ficou muito a vontade no papel de Ferris, mas depois só fez filmes garapas, no elenco também está, ainda que pequeno papel, Charlie Sheen, que ganhou fama em filmes que se seguiram, como por exemplo platoon.


1987 - Planes, Trains & Automobiles (no Brasil com o titulo: Antes Só que Mal-Acompanhado), nesse filme Hughes foge do ambiente juvenil e dirige dois grandes atores de comédias americana, Steve Martin e John Candy e tenta mudar a sua forma de fazer filmes, mas de alguma maneira os dois atores são mau explorados e o filme perde cadência com sequências de piadas previsíveis. Em minha opinião o seu filme mais fraco dessa época.


1988 - She's Having a Baby (Ela Vai Ter um Bebê). Comédia romântica com tons mais sérios, uma vez que é explorado o lado adulto das relações. No elenco o Kavin Bacon que mantém até hoje uma filmografia mediana, mas que não desaponta, o mesmo já não pode ser dito da meiga, linda Elizabeth McGovern, outra que ainda adolescente mexeu com meus sonhos pueril no filme Era uma vez na América.


1989 - Uncle Buck (Quem vê Cara não vê Coração). Uma outra bola fora do Hughes, mas que ainda consegue ser um pouco melhor do que Planes, Trains and Automobiles devido a atuação de Macaulay Culkin, que depois se tornaria o malinha mirim.



Pretty in Pinky de 1986 não foi dirigido por Hughes e sim por Haward Deutch, mas a produção e o roteiro é dele, e é um dos melhores filmes do gênero da décade de 80. Um conto de cinderela new wave. E com esse filme Molly Ringwald ganhou o coração dos adolescentes e virou a queridinha teen. O elenco traz as grandes promessas da nova geração de atores, James Spader, que depois fez Sexo, mentira e videotapes do Soderbergh, e mantém uma carreira de altos e baixos, Andrew McCarthy só de baixos, e Gena Gershon que fez o ótimo Ligadas pelo Desejo dos irmãos Wachowski. Outro mérito The Pretty In Pink é sua trilha sonora. Que sempre embalava as cenas com bandas americanas e inglesas, mais inglesa, The Smiths, Echo & the Bunnymen, OM&D, New Order...Bem disponibilizei para baixar no link abaixo.

Torrent | Pretty In Pink SoundTrack












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