Por Pachá
Filme de 2008 que aborda as lutas clandestinas patrocinadas pela elite paulistana. O diretor Marcelo Galvão que em 2005 abocanhou alguns prêmios com o filme Quarta B tem em La Rinha retrato degenerado da classe alta paulistana. Entediados os filhos e filhas de diplomatas, políticos patrocina festas regadas a drogas onde o ponto alto são as apostas nas lutas clandestinas, no qual lutadores, “dogs”, lutam por vezes até a morte.
Tudo no filme me pareceu exagerado e pouco crível, dado que é baseado em fatos reais. Numa explicita influencia de Guy Ritche o filme tem tomadas curtas, uma profusão de personagens em situações mais cômicas que trágicas sem mencionar o uso do idioma inglês, espanhol e até italiano, quase não se fala português mesmo quando os personagens são nitidamente, dentro do contexto narrativo, brasileiros. A própria narração do filme é insólita, uma vez que se trata de um morto. As lutas que deveriam ser o ponto culminante do filme, quase não são retratadas, a percepção dos lutadores diante do booking de apostas, muito menos. O que se vê é uma preocupação exagerada em pautar a futilidade dos abonados filhos da classe dominante paulistana e consequentemente brasileira. Ao final o filme ganha ares de chacota, o que torna mais difícil saber se o mesmo é intencional ou apenas um equivoco de direção e roteiro, que também não nos impede de perceber que a ideia é ótima, porém muito mau aproveitada e finalizada.
As atuações estão em pleno acordo com a proposta, são de medianas a sofríveis com alguns globais mostrando muito menos do que nas novelas. Paola Oliveira como depravada patricinha, não convence. Os demais atores Leonardo Miggiorin, Maytê Piragibe, Felipe Solari, Marco Luque, Christiano Cochrane e Mara Carvalho são meros cumpridores de fala. Como diferencial, segundo o próprio diretor, que é faixa preta de jiu-jitsu, foi dispensado o uso de dubles na lutas, que são protagonizadas por lutadores de verdade.
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