Após retumbante fracasso de Batman vs Superman - A origem da justiça a DC tenta se redimir com Esquadrão Suicida e apaziguar a relação com os fãs dos quadrinhos, e também com a critica especializada.
O projeto trouxe para direção David Ayer que em sua filmografia não possui nenhum blockbuster que justificasse tal responsabilidade, mas até ai nada que explique ou justifique pois Snyder fracassou em Batman vs Superman e tem no curriculum o ótimo Watchmen de 2009. O elenco, em minha percepção, não é dos melhores no quesito veracidade de personagens, mas o filme é bom e olha que nunca foi leitor do universo DC, as únicas publicações que me recordo eram Batman, assim mesmo algumas sagas, onde numa delas aparece o Força Tarefa X que logo ganha alcunha de Esquadrão Suicida. Os vilões tomam a cena, isso me levou a acompanhar os lançamentos nos anos 80 e 90.
O filme tem roteiro bem calcado nos gibis, muito embora cause certa confusão para quem nunca leu nada, mas peca na construção dos personagens que é o forte do gibi, no qual os desvios tão humanos dos vilões com seus dramas existenciais cativou uma legião de fãs. Para uma ação de duas horas, creio que se perdeu muito tempo nas origens dos personagens que de tão condensada comprometeu o desenrolar da trama, a não ser que o filme tivesse 1h a mais, o que certamente seria improvável quanto inviável. E nesse sentido, era preferível seguir a risca o gibi e liberar as origens no decorrer da trama ou mesmo numa continuação. Mas apesar de tudo, há mais acertos do que erros, e que uma continuação pode atender as expectativas e colocar a DC na briga com Marvel.
O Will Smith com a mira do pistoleiro deixou a desejar. A cena em que ele é preso pelo morcegão na frente da filha, foi mais um déjà vu do filme A procura da Felicidade do que uma passagem para explicar sua relação conturbada com a família. Seu posicionamento, egoísta, pragmático perante o time também foi pouco explorado. O pistoleiro sempre me lembrou um personagem dos livros de Raymond Chandler. O Rick Flag também esta apático, lembrou um dos carinhas do supernatural do que um líder de super vilões. O coringa só não enveredou pelo mesmo ralo, pois Letho conseguiu colocar insanidade nas cenas e convencer não só pelo expressão facial e corporal como pelas falas, muito embora não entendi porque o colocaram como parte da equipe, já que nos quadrinhos ele em nenhum momento fez parte do time. Mas o grande deslize foi o papel de Amanda Waller, Viola Davis não convence nem a vó dela, faltou atitude, pulso e energia para tal personagem. O acerto sem duvidas foi a Margot Robbie como Arlequina que passou muita veracidade, mesmo mostrando apenas umas das facetas do personagem. El Diablo ficou muito bem com Jay Hernandez assim como boomerang com Jai Courtney. Katana não precisava de muito, e Fukahara deu conta do recado. Magia certamente saiu de alguma ideia torta do Piratas do Caribe e o toque sombrio do grupo ficou muito mal executado, já que magia (encantadora no HQ) é um dos mais intrigantes personagens do grupo.
As cenas de ação são boas, com ressalva para o grande combate que ficou confuso, acelerado sem criar maior envolvimento com arco dramático. Mas ainda sim nada que comprometa o entretenimento, e por essa razão acreditou que esses pequenos deslizes possam ser facilmente resolvidos numa continuação, onde será possível se aprofundar nos personagens e nos próprios dilemas das missões do esquadrão.
As cenas de ação são boas, com ressalva para o grande combate que ficou confuso, acelerado sem criar maior envolvimento com arco dramático. Mas ainda sim nada que comprometa o entretenimento, e por essa razão acreditou que esses pequenos deslizes possam ser facilmente resolvidos numa continuação, onde será possível se aprofundar nos personagens e nos próprios dilemas das missões do esquadrão.
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