quinta-feira, 28 de julho de 2016

Don McCullin


Por Pachá

Eu sempre procurei analisar os fotógrafos que admiro apenas pelas suas fotos, simples assim, não me interessava se o sujeito era um indivíduo prepotente, chato ou mesmo um boa praça, sua arte me basta, muito embora acredito com toda convicção que no momento em que o fotografo pressiona o dedo no botão disparador da câmera, o clique daquele instante trás consigo toda uma experiência de vida do fotografo, o que vê, o quê lê, escuta, ou seja, sua visão de mundo e mesmo os idiotas renomados podem apresentar interessantes visão de mundo.

Ao assistir o documentário Don McCullin reforcei minha convicção da experiência de vida no momento do clique, mas por outro lado refiz minha opinião a cerca dos sujeitos por trás das câmeras, não é simples assim, pois nem todos os artistas que admiramos tem sua vida transformada em filme. O fato é que a história de vida de McCullin por si só é extraordinária, até porque o sujeito ainda está vivo e fotografando.

A estrutura do documentário é bem interessante, pois é fundamentado em entrevistas e reportagens de época e claro as fotos mais marcantes seguida do comentário de McCullin. A trajetória do garoto pobre e brigão dos guetos ingleses até o ápice do fotojornalismo de guerra é cativante.

Nas palavras do próprio McCullin "A Fotografia tem sido generosa comigo, mas ao mesmo tempo está me destruindo". Os depoimentos de McCullin é de uma sobriedade e ao mesmo tempo desprovido de qualquer vaidade.

Acredito que é um dos fotógrafos de guerra que mais cobriu conflitos entre os anos 60 e 70. Hoje ele se dedica a fotografia de paisagem da Inglaterra.
















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