Por Pachá
Dora (Dora Goritzki) é uma adolescente que cresceu na Alemanha mas por motivos pouco trabalhado, precisa morar com a vó em Salvador. Dora não sabia da existência desse parente no entanto divide o mesmo teto com essa estranha em uma terra mais estranha ainda.
A jornada de Dora para conhecer suas origens e a própria transição da fase adolescente para adulta a coloca em conflito com sua vó, e ai já demanda uma grande pergunta, por que submeter uma adolescente a esse martírio???
As resposta do roteiro abraça os clichês de praxe que há entre o choque de duas gerações, brigas por qualquer coisa, a cena da sopa é um exemplo. Maria (Thaia Perez) a vó, se considera um ser livre, e por escolher o que de fato queria para sua vida, atuar, se distanciou de sua filha, e agora que percebe a cortina da vida se fechando há uma certa urgência em conhecer a neta e uma aproximação da filha.
As atuações são poucos convincentes, Dora é apática com diálogos teatral, creio que faltou uma pouco mais de revolta. Thai Perez sempre correta e que esbanja talento, não consegue desenvolver os conflitos que o personagem demanda. Os personagens secundários não favorece ou ajuda em subtramas ou trama principal, e pouco servem para conhecer o protagonista. E se aposta era no silêncio, creio que houve inversões, onde caberia o silêncio colocaram diálogo e vice versa.
A fotografia é bem resolvida em captar o ambiente estranho a Dora, a cidade de Salvador, como suas cores, miscigenação, sotaques e gastronomia.
No âmbito geral, Guerra de Algodão é um bom filme ainda que caia no lugar comum das jornadas de autoconhecimento.
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