Eu não sei até que ponto os eventos desenrolados em mais de duas horas do longa, esta em acordo com HQ, mas analisando a obra em si, o resultado é um filme diferente do que Marvel vem fazendo, dado a história carregada com certa tristeza.
No ano de 2024 mutantes são erradicados, os poucos sobreviventes vivem escondido ou fugindo. Logan, Charles e Caliban (Stephen Merchant) se enquadram nas duas categorias, mas o aparecimento de uma criança parece mudar o destino dos dois velhos X-men. E o que se segue é um drama pouco comum da franquia Wolverine e X-men.
Nesse drama encontramos um Wolverine cansado, tentando ganhar a vida como um ser humano normal, mas como diz ditado indiano, você pode tirar o tigre da floresta, mas não pode tirar a floresta do tigre. E quem foi melhor no que faz, e "matar é o que melhor sei fazer", a confusão o procura, a primeira cena é bem ao estilo Wolve, mas ai já percebemos que há algo em descendência desse envelhecido Logan.
Charles está entre a loucura e um sonhador, assombrado pelos atos do passado, responsável pela morte dos x-men. E dai, aparece a pequena mutante Laura (Dafne Keen Fernandéz) e reacende as esperanças de Charles na causa mutante, mas Laura é fruto de um projeto, o mesmo que criou Wolverine, a arma X. Os criadores e investidores do projeto não querem perder seu "produto' e vão atrás da garota. A partir dai, o filme é intercalado, entre cenas de angustia e falta de esperança, por parte de Logan, e para Charles um recomeço, e ação característica da franquia, muitas mortes e sangue.
Embora o roteio contenha algumas fragilidades, como por exemplo as crianças do projeto, achei os cuidados com arte e veracidade interna duvidosa. Mas não compromete. Os vilões também, são poucos trabalhados, e ai eu me refiro a X-24, um sósia de Wolve...isso já foi tentado em outros episódios, tanto na tela como nos quadrinhos, o que em minha percepção foi pouco ousado do roteiro. A cena final inteiramente rodada na floresta, me pareceu uma opção para pouco orçamento do que uma linha de ideia do roteiro, mas há a questão dos mutantes se isolarem do resto do mundo, o que explica, talvez.
A fotografia de John Mathieson é outro ponto que foge dos filmes do gênero (heróis), e lembra em alguns momentos MadMax a estrada da fúria. Mathieson que também é responsável pela fotografia de X-men First Class, aprofunda ainda mais o ton dramático da historia ao usar quadros fechados, imprimido o lado mais escuros dos personagens principais.
As interpretações por outro lado são bem cuidadas, tanto dos protagonistas como dos coadjuvantes, Caliban e Laura estão muito bem e Logan e Charles mais dramáticos que em outros episódios da franquia.
No contexto geral, Logan é um filme que agrada, e certamente cairá no gosto mesmo daqueles que torcem o nariz para filmes de heróis, pois Logan foge e muito do gênero.
No contexto geral, Logan é um filme que agrada, e certamente cairá no gosto mesmo daqueles que torcem o nariz para filmes de heróis, pois Logan foge e muito do gênero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário