domingo, 8 de setembro de 2019

A vida Invisível de Eurídice Gusmão

Por Pachá

O romance de estréia de Martha Batalha é ambientado no Rio de Janeiro dos anos 40, e possui estrutura narrativa múltiplas, a medida que os personagens vão entrando na trajetória de Eurídice, uma dona de casa que, na voz do narrador, poderia projetar um foguete, descobrir a cura para uma doença rara, desenvolver produtos que mudariam a rotina das mulheres, mas Eurídice foi criada para ser uma boa esposa, e a partir dessa premissa, há um embate entre uma Eurídice que não quer ser Eurídice e a Eurídice que só que ser a Eurídice dedicada a família.

O tema que está impregnado na história dessa dona de casa, é também o sofrimento de todas as mulheres que não tinham espaço, voz ou vontades, pois estas eram afogadas pelo mundo patriarcal. E de forma humorada, mesmo nos desastres e infelicidades, que cercam Eurídice e sua irmão Gilda há uma esperança, burguesa até, de que tudo vai acabar bem, e assim é o desfecho, quase um clichê, mas a leitura é empolgante muito embora, do meio para o final, há perda de ritmo, pois apresenta previsibilidade e não consegue manter a força narrativa.

O livro foi adaptado pro cinema por Karim Ainouz e vai representar o Brasil no Oscar de melhor filme estrangeiro, e a previsão de estréia nas telas nacionais é em novembro/19.

Titulo: A Vida Invisível de Eurídice Gusmão
Editora: Cia das letras
Paginas; 192
Ano: 2016

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