Por Pachá
Uma coisa que as vezes me tira o prazer em certos livros de Rubem Fonseca é seu cenário perfeito, tudo se encaixa como uma luva da mais trabalhada pelica alemã.
Seus personagens por vezes são uma mistura de Humprey Bogart em Casa Blanca e Philip Marlowe de Chandler, sim é verdade são elegantes, cultos até, ao ponto de irritar, mas creio que o próprio Rubem tem essa percepção e quando isso começa a tender para o tom bonachão ele insere histórias maravilhosas com seu estilo erudito, não nos restando outra saída se não se render a sua narrativa policial neo-noir.
Em vastas emoções e pensamento imperfeitos mergulhamos no mundo de um diretor de cinema que sem querer, se envolve com contrabando de pedras preciosas, remessa de quantias vultosas de dólares para países comunistas, assassinatos, livros raros e outros delitos, e sem querer come todas as mulheres que aparecem na história.
As referencias dos filmes Hollywoodianos da década de 40 e 50 permeiam todas as páginas, o protagonista é carregado de sensações e visões cinematográfica que as vezes lembram aqueles filmes ordinários de Supercine do canal globo. Não aconselharia a alguém que nunca leu Rubem Fonseca começar por vastas Emoções e Pensamento Imperfeitos, pode dar uma primeira impressão errada do autor que escreve melhor do que a trama de vastas emoções... mas mesmo recheando suas tramas de clichês hollywoodiano Rubem sempre nos brinda com personagens secundários bem trabalhados onde ele descarrega toda sua vasta cultura, que é o caso de Gurian um judeu extremamente culto com profundos conhecimentos dos escritores russos em particular, Isaac Bebel, que se transforma em uma obsessão para o protagonista principal.
Preenche também as páginas dessa obra mulheres que a primeira apresentação são fúteis, incautas porem independentes, como é o caso de Liliana que surpreende em uma passagem quando prestes a ser humilhada pelo seu namorado, sobre um livro de contos indianos, Mababbarata quando ele, o nosso aspirante a Kubrick, diz que esse é o tipo de livro que mulheres como ela nunca vão se interessar, ela num ar de inocência pueril, vira para ele e diz, “agora vou te seduzir” e explica com todas as palavras do que se trata o livro. Mababbarata diz ela; “significa grande rei Bharata e é um dos grandes épicos da literatura indiana escrito em sânscrito a mais de mil e duzentos anos, e fala da futilidade da guerra”, e como prometido ela prossegue, “quer mais ou você já está de pau duro?”. Mas esse é sempre um dos pontos fortes de Rubem Fonseca que cria personagens com senso de humor indolente, sagaz.
Qualquer livro de Rubem Fonseca, mesmo os mais apáticos ainda é melhor de que muito romance policial gringo que invadem as livrarias todas as semanas, principalmente estes que aparecem em para-brisa traseiro de ônibus.
Uma coisa que as vezes me tira o prazer em certos livros de Rubem Fonseca é seu cenário perfeito, tudo se encaixa como uma luva da mais trabalhada pelica alemã.
Seus personagens por vezes são uma mistura de Humprey Bogart em Casa Blanca e Philip Marlowe de Chandler, sim é verdade são elegantes, cultos até, ao ponto de irritar, mas creio que o próprio Rubem tem essa percepção e quando isso começa a tender para o tom bonachão ele insere histórias maravilhosas com seu estilo erudito, não nos restando outra saída se não se render a sua narrativa policial neo-noir.
Em vastas emoções e pensamento imperfeitos mergulhamos no mundo de um diretor de cinema que sem querer, se envolve com contrabando de pedras preciosas, remessa de quantias vultosas de dólares para países comunistas, assassinatos, livros raros e outros delitos, e sem querer come todas as mulheres que aparecem na história.
As referencias dos filmes Hollywoodianos da década de 40 e 50 permeiam todas as páginas, o protagonista é carregado de sensações e visões cinematográfica que as vezes lembram aqueles filmes ordinários de Supercine do canal globo. Não aconselharia a alguém que nunca leu Rubem Fonseca começar por vastas Emoções e Pensamento Imperfeitos, pode dar uma primeira impressão errada do autor que escreve melhor do que a trama de vastas emoções... mas mesmo recheando suas tramas de clichês hollywoodiano Rubem sempre nos brinda com personagens secundários bem trabalhados onde ele descarrega toda sua vasta cultura, que é o caso de Gurian um judeu extremamente culto com profundos conhecimentos dos escritores russos em particular, Isaac Bebel, que se transforma em uma obsessão para o protagonista principal.
Preenche também as páginas dessa obra mulheres que a primeira apresentação são fúteis, incautas porem independentes, como é o caso de Liliana que surpreende em uma passagem quando prestes a ser humilhada pelo seu namorado, sobre um livro de contos indianos, Mababbarata quando ele, o nosso aspirante a Kubrick, diz que esse é o tipo de livro que mulheres como ela nunca vão se interessar, ela num ar de inocência pueril, vira para ele e diz, “agora vou te seduzir” e explica com todas as palavras do que se trata o livro. Mababbarata diz ela; “significa grande rei Bharata e é um dos grandes épicos da literatura indiana escrito em sânscrito a mais de mil e duzentos anos, e fala da futilidade da guerra”, e como prometido ela prossegue, “quer mais ou você já está de pau duro?”. Mas esse é sempre um dos pontos fortes de Rubem Fonseca que cria personagens com senso de humor indolente, sagaz.
Qualquer livro de Rubem Fonseca, mesmo os mais apáticos ainda é melhor de que muito romance policial gringo que invadem as livrarias todas as semanas, principalmente estes que aparecem em para-brisa traseiro de ônibus.
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