Filme Indonésio de ação. Na verdade o filme explora em exagero até, a arte marcial do sudeste asiático que é muito artística por sinal, fica bem em filmes de luta, alias o nome da arte pencak = ataque eficaz e silat = movimento artístico que abreviado fica PERSILAT, ou seja, essa arte marcial tem bastante apelo coregráfico.
curiosidades a parte o filme agrada pelas cenas de ação ainda mais porque foge um pouco do estilo hollywoodiano, ainda que inegavelmente influenciado por este. Toda ação se passa dentro de um prédio que também é fortaleza de poderoso chefão do tráfico, Tama (Ray Sahetapy). Uma equipe da SWAT Indonésia é acionada para invadir o prédio, mesmo sabendo dos altos riscos de tal empreitada. Com muitos policiais corruptos no sistema policial, a operação é sigilosa. O policial novato Rama (Iko Uwais) é o ponto de ação o filme. Honesto ele guarda um segredo nessa operação, que é um tanto previsível seu irmão Andi (Donny Alamsyah) está do lado errado da lei.
A invasão começa "gongar" quando um dos vigias (vapor) consegue dar alarme da invasão. Tama então aciona o prédio para expurgar ou melhor exterminar todos os policias, a partir dai o filme ganha aspecto sanguinolento e PERSILAT passa a comandar a ação.
Tecnicamente o filme é correto tem fotografia de cinza chromo bem bacana, os corredores do prédio (de estúdio, pois as locações para interior do prédio é inteiramente feita em estúdio) lembra filmes noir com arandelas nas laterais e portas marrom contrastando com o vermelho desbotado das paredes. Os movimentos de câmera abusam dos traveling o que não é nada mau. O ponto máximo do filme que são as lutas as vezes é cansativa, pois ao invés de intercalar tiros e lutas o diretor Evans optou por fazer uma parte de tiro e outro de luta, nesta segunda fica alguns pontos desfavoráveis já que é visível para os espectador que há uma arma no chão, machete, faca, metralhadora até, mas o que fica valendo mesmo é o confronto de mão, joelhos e cotoveladas em lutas por vezes demoradas, como as do mad dog (Yayan Ruhian que também é o diretor de coreografia e mestre em PERSILAT) o braço direito de Tama que prefere matar seus adversários na mão, pois só assim sente emoção. Uma justificativa piolhenta para colocar tantas cenas de lutas no filme.
Outro ponto que certamente vai saltar aos olhos de quem assistir the raid é a semelhança com Dredd 2012. Acontece que os dois filmes foram realizados quase que no mesmo período, entre 2011 e 2012 sendo que Dredd foi lançado depois. Descontando as semelhanças a diferença entre os dois filmes são grandes, não só por um ser um sci-fi baseado em HQ, e outro uma narrativa policial centrado em lutas e sim pela estrutura narrativa, Dredd muito mais verídico dentro de sua proposta ao passo que Raid perde um pouco por apostar todas as fichas nas cenas de PERSILAT. Mas ambos os filmes cumprem muito bem o quesito entretenimento.
Pra quem vai alugar o filme em locadoras, aconselho a assistir também o making off que é muito bacana, mostrando vários detalhes que por se tratar de filme de baixo orçamento, são bastantes.
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