Por Pachá
Não é desconhecido que a industria fonográfica na ânsia de lucros, maximização do capital com suas criações fabricadas de sucesso meteóricos as vezes descobre grandes nomes da musica, mas no processo afoga milhares. Na música brasileira há inúmeros casos de injustiça, esquecimento. Roberto de Melo Santos é parte dessa estatística, e também caso emblemático. Di Melo como veio a ser conhecido, é um musico pernambucano que em meados dos anos 70 lançou uma pérola sonora. imagine uma fusão entre Tim Maia no auge de sua sonoridade black music e Jorge Benjor no ápice do swing samba-funk. O disco Di Melo de 1975 é recheado de arranjos funk-black music com regionalidade nordestina. O sotaque do cara parece uma leitura de poema. As letras, um olhar igualmente poético com apurado senso de realidade do momento. Nos anos 90 acreditava-se que o cara havia morrido, mas foi apenas uma escolha Como nunca conseguiu nada com a musica ele optou viver de pinturas de quadros e compra e venda de qualquer coisa comercializável. E assim tem levado sua vida, como pode ser conferido no documentário Di Melo o imorrível. O fato, e nisso reside certa pusilanimidade da mídia e publico brasileiro, é que o musico foi redescobertos por Djs Ingleses nos anos 90. E a partir dai o publico nacional passou a se interessar pelo único trabalho do musico.
Abaixo documentário sobre o musico com depoimento do mesmo, esposa e muita gente boa do meio musical.
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