Kaurismäki é um dos cineastas responsáveis por colocar o cinema finlandês aos olhos do mundo. Juntamente com seu irmão também cineasta, Mika fundaram nos anos 80 a produtora Villealfa em homenagem ao filme Alphaville de Godard. A Villealfa foi uma importante fomentadora de investimentos em cinema da Finlândia.
Considerado pela critica especializada como um diretor minimalista, seus filmes tem como característica diálogos curtos, quase teatral. Segundo o diretor em seus filmes há apenas palavras essenciais quase sempre e unicamente como complementar de imagens que por vezes beiram o nonsense, porém com criticas sutis ao sistemas aos dois sistemas que dividiu o globo terrestre
Seu primeiro longa, de 1983, ganhou atenção da critica, ao adaptar a obra de Dostoiévski, crime e castigo.
Crime e Castigo 1983
Numa versão livre, a interpretação de Crime e Castigo veio a marcar o estilo do cinema de Kaurismäki, diálogos curtos, personagens sarcásticos com certa dose de humor negro. Antti Rahikainen (Markku Toikka) trabalha num matadouro. Após saída do trabalho ele espreita um estranho, fingi ser entregador dos correios e assassina o estranho. Antes de fugir ele é surpreendido pela Eeva Laakso (Aino Seppo). Entre os dois surge relação que vai fazer com Rahikainen se redima de seus pecados, além é claro das cobranças morais com as quais passa a conviver. Nessa adaptação o crime de Rahikainen tem misto de vingança e arrogância intelectual, uma vez que o Raskolnikov de Kaurismäki é mais do que aparenta ser, ao confessar que estudou direito. Outro ponto a favor na adaptação é a fusão de personagens, aqui a prostituta Sônia e Dúnia é representada pela Eeva que vive a vendedora que é assediada pelo rico e inescrupuloso patrão.
Embora seja uma livre adaptação, os dois pontos principais da obra de Dostoievski, a cobrança moral e ética do personagem, pois para o escritor antes de sermos julgados pela lei dos homens, somos julgados pela nossa consciência, está muito bem marcado no filme. Outra relação muito importante, embora no filme seja bem sutil, é o jogo travado entre o inspetor de policia Pennanen (Esko Nikkari) e Rahikainen.
E como se trata de uma adaptação livre, certamente quem leu a obra mais conhecida de Dostoiévski vai gostar, o mesmo creio não ser válido, para quem não leu, pois o filme se completa com o entendimento do livro.
Arte de não se levado a sério é o mote dos filmes de Kaurismäki no qual a banda Leningrad Cowboys é o personagem principal. Além de ter realizados vários de seus vídeos clipes, fez dois longas com a banda. Leningrad Cowboys go América 1989 e Leningrad Cowboys meet Moses 1994. Em ambos os filmes reina o nonsense, onde de forma sarcástica e humorada Kaurismäki interpreta passagens bíblicos, american way of life e as agruras do povo russo.
No encontro com Moisés, isso mesmo, a banda segue o líder bíblico por vários países do leste europeu, mas tem a CIA em seu encalço pois Moisés é acusado de terrorista após roubar o nariz da estatua da liberdade. Mas nem tudo é apenas chacota na epopeia da pior banda de todos os tempos, nos dramas dos músicos que segue Moisés cegamente, há toques de critica ao sistema socialista.
Na viagem para América a banda, que é execrada pelos produtores musicais locais que aconselham irem para América pois lá se grava qualquer porcaria, explora as mazelas do capitalismo além de alfinetar a revolução russa ao estilo de George Well em a "revolução dos bichos".
Na América os Leningrad Cowboys vão parar no CBGB e são escutados por Richard Boes um dos atores de Stranger than Paradise de Jim Jarmuch que também faz um pontinha no filme como vendedor de carros. O produtor indica a banda para tocar no casamento de um tio no Novo México, mas antes diz que eles precisam conhecer o Rock in Roll, o manager da banda vivido por Matti Pellonpaa, que por sinal esta na maioria dos filmes de Kaurismäki, entra em uma loja de disco e adquiri métodos musicas com estilo rock in roll para que a turma aprenda o ritmo. Na jornada estilo road movie até o casamento, a banda passa por todo tipo de aventura e provações nos passos de Kerouac.
Embora seja uma livre adaptação, os dois pontos principais da obra de Dostoievski, a cobrança moral e ética do personagem, pois para o escritor antes de sermos julgados pela lei dos homens, somos julgados pela nossa consciência, está muito bem marcado no filme. Outra relação muito importante, embora no filme seja bem sutil, é o jogo travado entre o inspetor de policia Pennanen (Esko Nikkari) e Rahikainen.
E como se trata de uma adaptação livre, certamente quem leu a obra mais conhecida de Dostoiévski vai gostar, o mesmo creio não ser válido, para quem não leu, pois o filme se completa com o entendimento do livro.
Leningrad Cowboys
No encontro com Moisés, isso mesmo, a banda segue o líder bíblico por vários países do leste europeu, mas tem a CIA em seu encalço pois Moisés é acusado de terrorista após roubar o nariz da estatua da liberdade. Mas nem tudo é apenas chacota na epopeia da pior banda de todos os tempos, nos dramas dos músicos que segue Moisés cegamente, há toques de critica ao sistema socialista.
Na América os Leningrad Cowboys vão parar no CBGB e são escutados por Richard Boes um dos atores de Stranger than Paradise de Jim Jarmuch que também faz um pontinha no filme como vendedor de carros. O produtor indica a banda para tocar no casamento de um tio no Novo México, mas antes diz que eles precisam conhecer o Rock in Roll, o manager da banda vivido por Matti Pellonpaa, que por sinal esta na maioria dos filmes de Kaurismäki, entra em uma loja de disco e adquiri métodos musicas com estilo rock in roll para que a turma aprenda o ritmo. Na jornada estilo road movie até o casamento, a banda passa por todo tipo de aventura e provações nos passos de Kerouac.
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