Os filmes de Vinterberg estão imerso no passado, nos lembrando que ninguém passa incólume ao peso dos anos. Os traumas e ressentimentos mal resolvidos uma hora nos alcança.
Os irmãos Nick e Martin vivem com a mãe junkie e um bebê, e para quem já assistiu tranisportting sabe no que dá essa combinação. Os dois irmãos agora adultos se movem com pesada ancora que é esse passado. Nick (Jakob Cedergren) recém saído da prisão, parece nos avisar que foi um erro solta-lo, pois o deslocamento com mundo real é total. De um mundo que não mais lhe pertence. Martin é um pai devotado, mas é viciado em heroína e duplamente assombrado pela infância e morte da esposa.
O clima de tragédia preenche cada segundo da trajetória de Nick e Martin. Um redemoinho de amargura, solidão e más companhias é a tônica dos personagens.
Com profunda empatia pelas relações familiares ou traumas de infância, basta lembrar que seu filme seguinte, a caçada, um professor de ensino infantil é acusado de pedofilia. A trajetória de seus personagens, imersos na tragédia iminente, confere a sua narrativa certa previsibilidade, mas nem por isso nos tira a vontade de saber como eles chegam ao final da história, que na maioria das vezes com final aberto, onde o espaço-tempo da narrativa é apenas o recorte do que é a vida em sua essência mais pura, entrecortada por pequenas ou grandes tragédias e momentos de alegria ainda que efêmera.
As interpretações tanto dos protagonistas enquanto criança e adultos, estão coerente com desenrolar da trama. O clima frio e cinza da Dinamarca e amplificado na fotografia de Charlote Bruus, que também faz a fotografia da caçada, ajuda no cenário de desesperança total, onde a despeito de nosso esforço para torcer pelos personagens, os mesmos não parecem querer salvação, patente no caso de Nick, que apenas vive um dia após o outro desprovido de qualquer ambição ou planos para o futuro. Os personagens periféricos são igualmente perturbados pela realidade que os cercam.
Para quem curte dramas densos e sombrios, os filmes de Vinterberg é um prato cheio.
O clima de tragédia preenche cada segundo da trajetória de Nick e Martin. Um redemoinho de amargura, solidão e más companhias é a tônica dos personagens.
Com profunda empatia pelas relações familiares ou traumas de infância, basta lembrar que seu filme seguinte, a caçada, um professor de ensino infantil é acusado de pedofilia. A trajetória de seus personagens, imersos na tragédia iminente, confere a sua narrativa certa previsibilidade, mas nem por isso nos tira a vontade de saber como eles chegam ao final da história, que na maioria das vezes com final aberto, onde o espaço-tempo da narrativa é apenas o recorte do que é a vida em sua essência mais pura, entrecortada por pequenas ou grandes tragédias e momentos de alegria ainda que efêmera.
As interpretações tanto dos protagonistas enquanto criança e adultos, estão coerente com desenrolar da trama. O clima frio e cinza da Dinamarca e amplificado na fotografia de Charlote Bruus, que também faz a fotografia da caçada, ajuda no cenário de desesperança total, onde a despeito de nosso esforço para torcer pelos personagens, os mesmos não parecem querer salvação, patente no caso de Nick, que apenas vive um dia após o outro desprovido de qualquer ambição ou planos para o futuro. Os personagens periféricos são igualmente perturbados pela realidade que os cercam.
Para quem curte dramas densos e sombrios, os filmes de Vinterberg é um prato cheio.
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