sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

IDA 2013


Por Pachá
A questão judia durante a segunda guerra é fonte inesgotável para o cinema, todos os anos um ou outro filme aborda o tema, uns de forma piegas e outros de forma magistral, e esse é o caso de Ida filme polonês vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2013. Além de uma história desprovida de clichês, com atuações poderosas da dupla, Wanda (Agata Kuleszka) e Ida (Agata Trzebuchowska) ainda conta com uma belíssima fotografia em preto branco com composições de encher os olhos de Ryszard Lenczewski e Lukasz Zal.

A trama contrapõe dois mundos, a vida mundana e sem sentido e o caminho da fé com o trágico pano de fundo de um passado prestes a vir a tona. Na verdade o roteiro nos leva a crer que o personagem de Wanda Gruz já sabia, e o desenrolar dos acontecimentos são consequências, e ai nos fica a pergunta ou dúvida, ela, Wanda, perdeu o sentido de viver por que sabia, ou abdicou da vida porque não queria saber?

Todo o drama das personagens antíteses, Ida e Wanda, é pautado em silêncios e pausas entre os curtos diálogos. O desenho do som no inicio nos parece exagerado, dando impressão de uma ambiência não compatível com o que se vê, mas depois se encontra com a fotografia e cria exuberante harmonia sensorial.

Ao que parece, Ida é o desenrolar de um outro filme de 2011, Roza (Rose) personagem que é mãe de Ida, interpretado por Agata Kuleszka  pelo menos foi o que descobri ao pesquisar sobre o diretor Pawel Pawlikowski.

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