quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Czlowiek z magicznym pudelkiem (O Homem da Caixa Mágica)

Por Pachá

O cinema polonês tem uma qualidade estética e narrativa que é impossível ficar indiferente, ao menos os filmes que chegam ao circuito comercial. Em o Homem da caixa mágica, há nuances de Douglas Adams, escritor do Guias das galáxias e do surrealismo dos filmes de Gillian, principalmente, Brazil. Em uma realidade distópica e burocrática, Adam (Piort Polak) vai trabalhar em uma grande empresa, onde conhece Glória (Olga Boladz), entre eles nasce um amor improvável, e a partir dai o roteiro trabalha esse romance, sim, é um filme sobre o amor, mas sem se apegar aos clichês tão batidos dos filmes do gênero.

Com artifícios inteligente, lapsos de consciência em viagens temporal, para contar esse romance, o filme de Kox cria uma trama envolvente e comovente sem muitas previsibilidades e com um desfecho bem bacana.

A fotografia é bastante carregada nos tons verdes e azul, e cria uma atmosfera bem atraente como recurso narrativo, para criar contrapontos entre passado e futuro, mas que não fere o desenrolar da trama, ou mesmo algo de mau gosto, ao contrário isso é bem trabalhado no sentido de criar a verossimilhança que a narrativa se propõe, muito clean e com cores que lembram os bons filmes de ficção.

As atuações são convincentes, bem trabalhadas, principalmente  Olga Boladz que entrega uma personagem intrigante, determinada e com humor ácido. Os diálogos entre Gloria e Adam são bem construídos, inteligentes e atraentes.

No âmbito geral um bom filme, mesmo para quem não curte dramas ou comédias românticas.





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