Por Pachá
Não há justiça se há sofrer...canta Juçara Marçal em Obá Iná da banda metá metá. Slueiman investiga isso sempre com um humor característico, em O que resta do Tempo, ele fez uma humorada crítica as interrelações judeus e palestinos a cerca da convivência, e onde esta justiça? Em o Paraíso deve ser Aqui, ele faz um sério, porém humorado apanhando do dito mundo civilizado ocidental, da Palestina, Paris a Nova Iorque a violência e o sofrer não são diferentes, é sempre o homem impondo ao semelhante injustiças e sofrimento, onde o que prevalece ao final, é a lei do mais forte.
Com abordagem observacional na qual Suleiman interpreta ele mesmo, um cineasta palestino em busca de financiamento de seu novo filme, o longa é um conjunto de esquetes, com poucas falas, Suleiman mesmo não tem falas, apenas presença. Embora o o próprio diretor afirme que trabalha em prol da imagem, a critica sempre o definem como um diretor politico, a qual Suleiman rebate, dizendo que o diretor que se coloca na posição de ensinar esta fadado ao fracasso.
O que permeia O paraíso deve ser aqui, é uma pergunta, será mesmo a sociedade um absurdo e que por isso estamos caminhando para beira do abismo? Essa, é minha percepção, muito embora essa reflexão é muito bem escamoteada nas passagens hilárias, no mais aderente, seria cômico se não fosse trágico.
A premissa pode até ser simples, por questões de linearidade ou não da narrativa, mas para mim os filmes de Suleiman são um refresco em uma caminha sob sol escaldante.
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