Por Pachá
Nos filmes de Sam Taylor-Johnson temos ao menos uma grande certeza, uma trilha sonora matadora. Seu curta Love you More é uma homenagem ao punk rock inglês, mais precisamente Buzzcocks. Em seu longa Nowhere Boy ele refaz os passos do Beatle John e tem como pano de fundo a formação da banda que ajudou a moldar a cara do Rock. Certo, ela tem uma mácula na filmografia, 50 tons de cinza, mas entendemos que a moça precisa pagar contas e alavancar novos projetos. Casada com ator Aaron Taylor-Johnson o que explica mudança de nome, anteriormente Taylor-Wood.
A Million Little Pieces é uma história de reabilitação, dessas que é a cara da pieguice e auto ajuda com frases feitas, rebeldia mas do que manjada com os clichês de praxe, jovem se afunda nas drogas e para não ir para prisão, é levado para um centro de reabilitação.
Frey (Aaron Taylor-Johnson) é um viciado em crack, e em uma das viagens da droga, acorda em um avião e no aeroporto é recepcionado pelo irmão que o leva direto para uma clinica de reabilitação. Bem, a partir dai, é mais do mesmo dessas histórias, com alguns detalhes que acabam valendo o esforço para assistir o filme até o final.
O drama baseado no livro de mesmo título, cujo roteiro também é assinado por Aaron, tem nas atuações um ponto favorável. Aaron conduz seu personagem com muita propriedade, veracidade e sua interação com demais personagens cria boa empatia pelo personagem. Seu par, também em reabilitação, Lilly (Odessa Young) também está muito bem, e dois formam par romântico com cenas que salvam a trama, a cena do primeiro encontro dos dois, é muito bem desenhada e executada. Outro ponto é a trilha sonora, sempre com bandas, e aqui temos, R.E.M, Mazzy Star, Ottis Redding, Smashing Pumpkins, Lou Reed e uma música do Great van Fleet composta exclusivamente para o filme.
As participações de Billy Bob Thorton e Juliette Lewis são insípidas, não fere nem agrega muito ao drama, já Giovanni Ribisi (avatar 1, 2, 3, 4) rouba as cenas com seu personagem homoafetivo.
O filme, em minha percepção, está em uma linha muito tênue entre a decepção e o mais o menos, e para quem não conhece o trabalho de Sam Taylor creio que esse não é uma obra introdutória para a filmografia da diretora.
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