domingo, 29 de abril de 2012

In Time (O Preço do Amanhã)


Por Pachá
a idéia de Andrew Niccol é interessante, mas o desenvolver é de ruim a lastimável. O filme de Niccol remonta um futuro onde mais do que nunca tempo é dinheiro. A raça humana decorrente de processos de eugenia interrompe processo de envelhecimento aos 25 anos, e a partir dessa data, o indivíduo deve ganhar tempo para viver, minuto a minuto, a moeda da sociedade é o tempo. Um passagem de ônibus custa duas horas, um almoço trinta minutos e assim é baseada a economia dessa nova sociedade.

A idéia é fantástica, o tempo que simbolicamente é a única coisa que nos faz verdadeiramente iguais, Bill Gates tem a as mesmas 24 horas que qualquer outro mortal, uma vez que o tempo se move inexoravelmente para frente e não pode ser estocado. Por outro lado ele, o tempo age como força coerciva nas convenções sociais, basta estarmos atrasado para um compromisso para sentirmos a presença dessa simbólica força de coerção. E se para os conceitos históricos sociológicos, que entende o tempo como um mediador simbólico já é difícil entender como medir algo que não se toca, não se vê, armazená-lo então é algo de dar nó na cabeça dos mais descolados físicos.

Will Salas (Justin Timberlake) é um bom moço que acorda todos os dias com a responsabilidade de ganhar o dia seguinte, literalmente ele e toda a população do fuso X (as cidades são denominadas fusos), tem que conquistar tempo para continuar vivendo, é um  preço pequeno diante da eternidade,  e ai há uma interessante comparação com os tubarões que precisam estar em movimento a todo instante, assim vive os cidadãos do mundo idealizado por Niccol em ritmo frenético para ganhar tempo e manter a imortalidade.

Salas em encontro com forasteiro, recebe deste mais de um século de tempo. A partir deste ponto Salas passa a ser perseguido pela policia do tempo e uma gangue especializada em roubo de tempo. Na perseguição ele conhece filha de um bilionário do tempo, e os dois por motivos mal explorado pelo filme, se transformam em Robin Woods do tempo, mas com estilo Bonnie & Clayde.

As interpretações são medianas a ruim, apenas Cillian Murphy como policial do tempo mantém um personagem que sobressai, os demais não merecem qualquer comentário. No mais me senti lesado em duas horas do meu precioso tempo.

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