sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O Nó do Diabo 2018

Por Pachá

Pensado inicialmente como uma série, o longa Nó do Diabo, tem direção de arte bem cuidada, o que confere aos 4 contos bastante poder imagético. Em comum nas quatro histórias de horror, que se passa em épocas diferentes, tem a casa grande, um símbolo de opressão e terror, e no patriarca da fazenda, Sr Vieira (Fernando Texeira), a personificação do poder de vida e morte.

Muito embora as quatro histórias tenham como fio condutor a perversa família Vieira, algumas não funciona, a inicial com cunho mais político, deixa o sobrenatural em ultimo plano, e dos quatro contos, em minha percepção, a mais fraca, muito embora o ator Tavinho Teixeira entregue boa interpretação. O segundo conto é o mais bem trabalhado, agrega vários aspectos do cinema de terror, jum scare, cenas sangrentas e mistério, e também a questão racial, escravista, é desse conto as melhores interpretações, Sebastião (Alexandre de Sena) e Joana (Clebia Souza) . As seguintes se repetem, são previsíveis e o fato de possuir elementos comuns, acaba criando certa confusão para o espectador menos atento. 


A fotografia é assinada por Leonardo Feliciano, o mesmo do filme Arabia, e tem planos belos da serra da capivara, eu acho, com movimentos de câmera muito característico do gênero, e com o belo trabalho de arte consegue composições poderosas.

Lendo algumas entrevistas dos diretores, quando perguntados sobre a comparação com filme Vazante, este muito criticado em festivais, segundo os diretores, o mesmo não se deu com Nó do Diabo, pois o protagonismo nos quatro contos são dos escravos.







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