segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Era Uma Vez Brasília

Por Pachá

Ardiley Queirós foi celebrado como um dos diretores mais criativos da nova safra de cineastas, por conta de seu filme de 2014, Branco sai, Preto fica. Eu lembro que em uma mesa de debate sobre o filme, ele disse que queria fazer algo como Blade Runner porém  mais cyberfavela punk de Ceilândia. Em Era uma vez Brasília há essa narrativa amparada em em Branco sai... mas também parece que há uma exacerbação contemplativa dos cenários, longas tomadas em carros velhos transformados em naves espaciais, em túneis que mais lembram corredores de grandes naves, etc, que também não ajuda na narrativa, não provoca nem empurra a trama para frente, tudo é muito lento, assim como as coisas em Brasilia.


Aqui o agente WA4 (Wellington Abreu) intergaláctico tem a missão de ir a Brasilia e matar JK, mas como sempre, no eterno pais do futuro, algo dá errado, e ele está no lugar certo, mas na data errada. O ano é  2016 durante processo de impeachement de Dilma, mas a narrativa se perde em meio a proposta estética futurista, mas que não consegue evitar que o filme seja uma experiência monótona.

O elenco ainda conta com Marquim do Tropa e Andreia Vieira vivendo os insurrectos, mas é igualmente sem brilho e há até certa perda de protagonismo quando em cena.

Que o próximo trabalho de Ardiley seja mais contundente em sua proposta estética e narrativa.


 

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