Ninguém passa incólume a esse livro, publicado em 1864. Memórias do subsolo é um livro impactante, com uma visão pessimista de uma existência amargurada do mundo e de todos que cercam esse indivíduo, um personagem sem nome, que habita um apartamento no subsolo de uma prédio e com ele vive seu empregado, Apólon.
O começo do livro, as primeiras frases, já nos pega de assalto, um tiro a queima roupa, quando o personagem diz, "Sou um homem doente, um homem mau, desagradável..." e a partir do momento em que o homem do subsolo ganha vida, na interação com outras pessoas, nos damos conta de que isso não é um pedido de desculpa, ou justificativa de seus atos, pois ele sabe que não pode ferir ninguém, apenas ele mesmo.
Dostoiévski extrai de cada conflito desse homem, solitário e angustiado, todo e qualquer exercício de culpa, masoquismo, elaborando uma pitoresca tela de um mundo que ele tanto tenta negar, um mundo positivista, físico e material que se choca com sua existência teológica metafísica. E desse conflito agônico Dostoiévski mergulha profundamente nos mistérios da alma humana, e como esses conflitos afetam os recantos mais sombrios de nossas mentes.
Memórias do subsolo foi escrito em uma fase de aguda crise financeira do autor e praticamente no leito de morte de sua primeira esposa, Maria Dimitrievna. Em memórias ele esboçou a marca de sua escrita que vai preencher a temática de seus mais importantes livros, "Crime e Castigo de 1866", "O idiota de 1868" e "Possessos de 1873". É claro que essa é uma percepção minha, há aqueles que certamente dirá, e os irmãos Karamazov? sim é uma importante obra, mas creio que foge um pouco do que foi feito em memórias do subsolo, mas isso fica para uma outra análise...
O começo do livro, as primeiras frases, já nos pega de assalto, um tiro a queima roupa, quando o personagem diz, "Sou um homem doente, um homem mau, desagradável..." e a partir do momento em que o homem do subsolo ganha vida, na interação com outras pessoas, nos damos conta de que isso não é um pedido de desculpa, ou justificativa de seus atos, pois ele sabe que não pode ferir ninguém, apenas ele mesmo.
Dostoiévski extrai de cada conflito desse homem, solitário e angustiado, todo e qualquer exercício de culpa, masoquismo, elaborando uma pitoresca tela de um mundo que ele tanto tenta negar, um mundo positivista, físico e material que se choca com sua existência teológica metafísica. E desse conflito agônico Dostoiévski mergulha profundamente nos mistérios da alma humana, e como esses conflitos afetam os recantos mais sombrios de nossas mentes.
Memórias do subsolo foi escrito em uma fase de aguda crise financeira do autor e praticamente no leito de morte de sua primeira esposa, Maria Dimitrievna. Em memórias ele esboçou a marca de sua escrita que vai preencher a temática de seus mais importantes livros, "Crime e Castigo de 1866", "O idiota de 1868" e "Possessos de 1873". É claro que essa é uma percepção minha, há aqueles que certamente dirá, e os irmãos Karamazov? sim é uma importante obra, mas creio que foge um pouco do que foi feito em memórias do subsolo, mas isso fica para uma outra análise...
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