Por Pachá
O diretor Joss Whedon não se cansa de afirmar em entrevistas que é fã de
quadrinhos. Olhando, mesmo que rapidamente, para o sujeito é fácil acreditar.
Seu mais recente filme sobre o grupo de heróis os vingadores, The Avangers –
Age of Ultron também nos deixa essa certeza. Nos quadrinhos ultron é bem
sucedido em seu tento de massacrar a humanidade, quando destrói as principais
cidades do planeta e os poucos heróis que sobrevivem estão sendo negociados por
super vilões que os enviam para a fortaleza dos robôs.
É claro que tamanha devastação não caberia em um filme de 2h até porque,
tal embate não se restringiria apenas aos vingadores e sim a todos os heróis do
planeta. Mas Joss Wheldon cria narrativa empolgante com correto equilíbrio
entre ação e dilemas pessoais dos heróis, centrados principalmente nas figuras
do gavião arqueiro (Jeremy Renner), Viúva negra (Scarlet Johnson) e
Hulk (Mark Rufallo). Esses últimos em profunda indecisão quanto ao insólito relacionamento
amoroso entre os dois, a besta verde e a dama negra. Outro mérito de Whedon foi
de garantir legibilidade da trama, repleta de informações, detalhes e
personagens, sem criar uma confusão de histórias paralelas para quem assisti.
Com exceção do Thor que não conta com presença de seu irmão adotivo Loki e o
motivo dele não aparecer, segundo Whedon, foi para não encharcar ainda mais a
trama de personagens. Todos os demais personagens tem igual peso de importância
e participações.
A proposta da Marvel é alcançar o público leitor dos quadrinhos e os não
leitores também, os motivos nem preciso me aprofundar. E Whedon captou essa
essência de forma primorosa, pois o primeiro Avangers foi correto. A era de
Ultron está um nível acima em todos os aspectos, ação, personagens, roteiro. O
próprio vilão, ultron (James Spade) cria interessante contraponto entre heróis
e vilões, e como mesmo descreve a heroína Wanda Maximoff também conhecida como
Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) a ideia de salvar e destruir a humanidade de ultron são
separadas por linhas muito tênues. Ultron idealizado por John Buscema em 1968
é uma vilão a altura da super equipe. Ao contrario do filme onde é criado pelo
magnata Tony Stark (Robert Downey Jr.) como programa de proteção militar, nos
quadrinhos ultron é criado pelo cientista Dr. Henry Pym. (homem formiga) quando
esse era integrante da equipe dos vingadores. Ultron dentro do universo Marvel
sempre foi um vilão notável, pois em seu processo de avanço cognitivo
cria o visão um super androide portador de vida alienígena que se integra
a equipe dos vingadores, o que é muito bem trabalhado no filme de Whedon.
As atuações estão corretas. Thor (Chris Hemsworth) como escrito linhas
acima, é que parece um tanto fora do ninho, suas participações ora cômicas ora
pancadaria não tem a profundidade que o personagem merece, mas também não fere
a trama, ficando o incomodo apenas para os fãs do personagem. Stark, homem de
ferro, canastrão como sempre. Capitão América (Chris Evans) o bastião da moral e do mundo livre, correto até quando não precisa. Hulk (Mark
Rufallo) encarna com maestria o Dr, David Banner e seu dilema de controlar a
fera interior. Seus diálogos com a viúva negra. em minha percepção, são os
melhores do filme. O visão (Paul Bethany) que aparece no 1/3 final do filme não
diz muita coisa, mas parece ter curtido o personagem, até porque quando
associamos personagem ao ator, é fácil perceber interação já que Paul Bethany
carrega certa aparência humanóide. A viúva negra é graça e precisão quando o
assunto é matar, muito embora não se vê sangue em todo filme. E todo esse
conjunto de personagens está convincente nas cenas de ação que como não poderia
deixar de ser, é o ponto alto do filme.
Por fim, a Marvel está cada vez mais afiada em transpor pras telas as
HQs, de resto é esperar o encontro dos Vingadores com Thanos!
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