O segundo livro da saga de Duna tem uma trama ancorada em uma conspiração contra Paul Atreide, Muad' dib,Usul ou Kwisatz Haderach para as Bene Gesserit.
Após destronar o imperador Shaddam Corrino IV, Paul é tomado pelos fremens como um deus, e assim como profetizou as suas visões, os fremens partiram para o jihad em nome de Muad'Dib conquistado outros planetas. Isso inflou a ira de outras casas, mas principalmente da corporação, das Bene Gesserit e Bene Tleilax, esta bem mais maquiavélica que as Gesserit. Os tleilaux (dançarinos facial) são uma organização que assim como as Gesserit praticam a eugenia para alcançar linhagens que promova o equilíbrio entre os poderes, desde que seus interesses sejam preservados.
Frank Hebert cria uma narrativa mais densa, e expande ainda mais o universo de Duna, ainda que seja mais curta que o livro um. Nesse continuação há todo o trabalho de diálogos e construção de personagens, seus conflitos e intenções, conferindo uma ferrenha briga pelo poder, que quando bem conduzida é sempre mais atraente que a luta aberta. Esse livro pode ser visto como o desfecho do livro um, em comunhão com ditado, chegar ao poder é uma coisa, se manter nele é uma outra coisa.
Refém do próprio poder, a presciência, pois quanto mais futuros possíveis Paul consegue vislumbrar, mais é consumido pela ação, e como todo herói trágico, Paul sente o peso de suas ações e a todo custo tenta se afastar dessa jihad, mesmo que para isso tenha que fazer sacrifícios, e quanto mais ele tenta evitar eventos futuros, mas ele fica refém das ações no presente
É possível perceber nesse volume o quanto o universo star wars e game of thrones bebeu nessa fonte. E não só eles, Philip K. Dick também foi muito influenciado pelo universo de Duna.
Livro subestimado pelo público em geral, que esperava mais batalhas, e esquece que a batalha interna, contra aqueles que rodeiam o imperador-deus, tentando usurpar o trono também tem seus atrativos.
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