Embora contenha buracos em ritmo e continuidade, o novo filme de Joseph Kosinski agrada pela visão pós apocalíptica do planeta azul e legados tecnológicos pós-devastação. Os minutos iniciais criam interessante atmosfera de mistério, amplificada pela bela trilha sonora. Contudo Oblivion ainda sofre do mesmo mal de Tron – o Legado, o ultimo filme de Kosinski, ou seja, uma historia não sustentável diante das imagens na tela. Não sei se é exagero afirmar que há maior preocupação com aspectos visuais em relação a historia. A minha percepção é que Oblivion é disfarçada historia de amor, açucarada até, carregada de nostalgia, que consome muitos minutos da trama, que poderia aprofundar mais sobre os humanos sobreviventes do conflito com a Tet. e esperança diante de mundo devastado
Com referencias explicitas a sci-fi consagrados, star wars, matrix, moon,o filme deixa claro que a ideia é boa, mas a conclusão fica a desejar quando ao final o que resta é uma historia que não guarda criatividade ou mesmo identidade própria com os filmes referenciados, o que em minha percepção demostra espirito pouco ousados dos produtores. O filme custou USD 120 MI o que não é pouco para produções do gênero, que por sinal foi bem aproveitado pois o futuro de Kosinski é seco, inóspito e desolador, mas esperançoso, com rustica casinha de frete para bucólico lago com ramble on do Zeppelin no fundo sonoro. Nada mais piegas, mas descontando o fundo romântico da trama é possível enxergar um filme razoável que vale esforço e ingresso para ve-lo.
O elenco é igualmente insipido, mesmo medalhões como Cruise e Freeman são meros cumpridores de falas. E há os subaproveitados como Nikolaj Coster-Waldau ou mesmo a limitada Olga Kurylenko, cabendo a Andrea Riseborough como a navegadora Victoria a grande carga dramática do filme. Outro elemento que confere ao filme interessante apelo visual é a fotografia do chileno Claudio Mirando o mesmo que ganhou Oscar pelas Aventuras de PI.
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