Por Pachá
O homem da Linha é daqueles filmes que fere, deixa marcas. O diretor holandês Jos Stelling não se prende ao feitiço da palavra e cria dentro do imaginário, clima tenso de catástrofe iminente. Uma mulher desce de trem numa estação em lugar algum, descobre ser a estação errada quando o trem a deixa. Nessa estação vive homem solitário, preso a rotina, espécie de posto correio. Entre essa mulher e o homem solitário se tece intrínseca teia de relação, estranha, e primitiva forma de amor.
Os diálogos pouco dizem a respeito de homem e mulher. Stelling deixa o espectador refém de lúgubre, porém lindas, imagens. Da passagem do inverno a primavera-verão, onde o homem que tem na natureza espelho imaginário se comporta como esta e cria simbiose com mulher, que descarta pergunta, porque ela não vai embora? A relação é insólita e improvável, ela urbana, moderna ele inocente, pueril, animalesco.
Os diálogos pouco dizem a respeito de homem e mulher. Stelling deixa o espectador refém de lúgubre, porém lindas, imagens. Da passagem do inverno a primavera-verão, onde o homem que tem na natureza espelho imaginário se comporta como esta e cria simbiose com mulher, que descarta pergunta, porque ela não vai embora? A relação é insólita e improvável, ela urbana, moderna ele inocente, pueril, animalesco.
Por fim a presença da mulher quebra conjunto de regras do homem, ele perde a tradução de sua realidade imaginária e toma consciência de si enquanto indivíduo a medida que imerge nessa aventura simbólica e como Lacan defendia “as trocas inter subjetivas, é o terreno onde podemos negociar os parcos momentos da realidade” mas para Lacan essas trocas não ficam distantes da catástrofe.
O filme de Jos Stelling de 1986 tem áurea sensível, poético, e apesar do aspecto solitário e inóspito nos lança em estado de auto-reflexão acerca de como são formada e mantidas as relações; amorosas, de amizade, como processamos a interferência delas em nossas próprias transformações. E arrebatador porque desconstrói visões poéticas das relações.
As atuações corretíssimas, cria curiosos momentos de comicidades dramáticas. O destaque fica pela atuação de Jim Van Der Woude (o homem da linha) e Stéphane Excoffier (a Mulher). As demais participações mantém o clima de tensão e desolação em perfeita harmonia com os protagonistas. O filme é uma adaptação do livro de Jean-Paul Franssens. E o roteiro de seis mão foi escrito por; George Brugmans,Hans de Wolf e Jos Stelling,
Direção: Jos Stelling
Ano: 1986
País: Holanda
Gênero: Drama
Duração: 96 min./cor
Título Original: De Wisselwachter
Título em inglês: The Pointsman
Ano: 1986
País: Holanda
Gênero: Drama
Duração: 96 min./cor
Título Original: De Wisselwachter
Título em inglês: The Pointsman
Elenco
Jim Van Der Woude
Stéphane Excoffier
John Kraaykamp
Josse De Pauw
Ton Van Dort
Outros filmes de Jos Stelling
O Holandês Voador -1995
Nem Trens, Nem Aviôes -1999
Duska -2007
Jim Van Der Woude
Stéphane Excoffier
John Kraaykamp
Josse De Pauw
Ton Van Dort
Outros filmes de Jos Stelling
O Holandês Voador -1995
Nem Trens, Nem Aviôes -1999
Duska -2007
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