Shock Corridor que no Brasil ganhou o impressionante titulo de paixões que alucinam é um filme sobretudo didático. Fuller comprimi a EUA dentro das paredes de um hospital psiquiátrico, Guerra civil, segregação racial e sobretudo a metáfora do self made man.
Johnny Barrett (Peter Breck) é um jornalista que na cegueira pela fama, se infiltra em hospital psiquiátrico para solucionar um assassinato. Não há nesse ato qualquer justificativa moral altruista ou mesmo de justiça. Barret o faz para obter a gloria de um premio Pulitzer. Fuller estampa em Barret a cara da América, fincada em alicerces subjetivos para alcançar bem estar ou mesmo felicidade. Barret começou no Globe Dialy como copy desk até alcançar o posto de jornalista, mas pra ele o céu é o limite, ele deseja sua foto na capa da Times.
Quando na insana arrogância almejamos mais do que o alcance do braço, somos punidos com a tragédia, esta despoja o ser do seu eu. Barret se transforma em um estranho para ele mesmo.
Shock Corridor serviu de inspiração para muitos diretores, o ultimo foi a Ilha do Medo de Scorrcese, com a diferença que Fuller soube manter a honestidade em seu filme, ao passo que Ilha do Medo lança mão de clichês baratos.
Shock Corridor é um clássico que merece ser visto e revisto de tempos em tempo.
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