segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Shock Corridor - 1963

 Por Pachá
Shock Corridor que no Brasil ganhou o impressionante titulo de paixões que alucinam é um filme sobretudo didático. Fuller comprimi a EUA dentro das paredes de um hospital psiquiátrico, Guerra civil, segregação racial e sobretudo a metáfora do self made man.

Johnny Barrett (Peter Breck) é um jornalista que na cegueira pela fama, se infiltra em hospital psiquiátrico para solucionar um assassinato. Não há nesse ato qualquer justificativa moral altruista ou mesmo de justiça. Barret o faz para obter a gloria de um premio Pulitzer. Fuller estampa em Barret a cara da América, fincada em alicerces subjetivos para alcançar bem estar ou mesmo felicidade. Barret começou no Globe Dialy como copy desk até alcançar o posto de jornalista, mas pra ele o céu é o limite, ele deseja sua foto na capa da Times.

Quando na insana arrogância almejamos mais do que o alcance do braço, somos punidos com a tragédia, esta despoja o ser do seu eu. Barret se transforma em um estranho para ele mesmo.

Shock Corridor tem certo ar de filme Noir, nas sobras de fotografia bem cuidada e planos fixos bem estudados. É uma homenagem a este estilo. As interpretações são convicentes. Os filmes de Fuller traz a fratura do simbólico com real através da tragédia foi assim em agonia e glória e anjos do mal. Que logo ponho minha percepção no branco digital.

Shock Corridor serviu de inspiração para muitos diretores, o ultimo foi a Ilha do Medo de Scorrcese, com a diferença que Fuller soube manter a honestidade em seu filme, ao passo que Ilha do Medo lança mão de clichês baratos.

Shock Corridor é um clássico que merece ser visto e revisto de tempos em tempo.


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