Um dos mais criativos artistas dessa década. Rafael Castro é multi instrumentista e faz musica humorada, mas com intrínseco senso estético sonoro, com influencias indo da Tropicália (como a maioria dos artistas dessa década) a Língua de Trapo, Os Mulheres Negras, etc. Porém o que mais chama atenção é a obra do artista em pouco mais de 10 anos. São 11 discos desde 2006, alguns produzidos por ele mesmo sem banda. Os primeiros trabalhos tinham no humor e inventividade do musico o toque de identidade que o diferenciava da grande maioria, mas a partir de Raiz de 2008 o som ganha ares mais "sérios" proveniente do amadurecimento do musico bem como de maior contato com os meios de produção, quando seus trabalhos ganharam notoriedade.
Não me agrada a maioria dos discos, mas "Raiz", "Lembra" e "Um Chopp e um Sundae" toca fácil em minhas coletâneas, mesmo residindo entre os discos grande diferença de sonoridade. Mas em época que qualquer novidade é confundida com qualidade, é grato ver que há renovação na musica brasileira com músicos que realmente encaram a musica como construção de algo além do banalidade proposta pelas modas efémeras do mercado de consumo.
Abaixo performance e entrevista de Rafael Castro no canal Cultura Livre.
DISCOGRAFIA
“Fazendo Tricot” (2006),
“Combustão Espontânea”
(2007),
“A Serenata do Capeta”
(2007),
"40 dias em Hong Kong”
(2007),
“Maldito” (2008),
“Amor, Amor, Amor” (2008),
“Raíz” (2009).
“O Estatuto do Tabagista”
(2009),
"RC canta RC"
(2011).
"Lembra?" (2012).
"Um Chopp e um
Sundae" (2015).
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