Por Pachá
Coletânea
de artigos para entender as manifestações que tomaram as ruas do Brasil,
Turquia, Irã e também o movimento ocuppy
Wall Street de 2011.
O
movimento do passe livre no Brasil, desencadeou a Jornada de Junho, e ocorre em
meio a anuncio de grandes eventos, Mundial de Futebol e Olimpíadas, e uma crise
econômica que começa a se instalar no pais, e tem no aumento de passagens de
ônibus o gatilho para mobilização de jovens da classe média, em sua maioria,
que vão as ruas para lutar pelo passe livre.
A
revolução verde no irã condena o autoritarismo islâmico. A Primavera árabe luta
contra o regime corrupto pró-ocidental.
O
multifacetado grupo reúne jornalistas e pesquisadores das ciências sociais com
objetivo de criar pontos em comuns desses movimentos mundo a fora, que segundo
Zizek o que une esses protestos é o fato de que nenhum deles pode ser reduzido
a uma única questão, e sim pelo menos duas, econômica de menor ou maior
radicalidade, e outro de cunho politico-ideológica.
Para
Ruy Braga a ampliação dos direitos sociais é ponto crucial para entendermos as
manifestações. João Alexandre acredita que o passe livre é uma etapa
transformadora do sistema capitalista tal qual conhecemos. Mike Davis faz um
paralelo entre Miami e as cidades brasileiras, no que tange a mobilidade.
Felipe Brito e Pedro Rocha analisam o projeto excludente e militarizado do Rio
de Janeiro dos territórios populares, “Que
coincidência, não tem policia não tem violência”. David Harvey em seu
artigo demonstra que aqueles que são excluídos do poder de decisão sobre seu
destino, acabam usando o próprio corpo como ação direta para reivindicar essa
participação. As pautas e agendas de analises desse e os demais escritores que
integram a coletânea, nos dão uma maior percepção e reflexão sobre as
transformações que foram desencadeadas na praça Tahrir no Egito, a praça do Sol
em Madri, a praça Syntagman na Grécia, parque Zuccotti nos Estados Unidos,
praça Taksim na Turquia como palco de jovens que gritam por mais direitos.
Ainda
que essas analises sejam muito “frescas” por está vendo apenas um fotograma de
um longo filme, e para ter o filme completo é preciso tempo, certamente vai
gerar material para novas interpretações no futuro, quando o distanciamento do
evento proporcionará estudos mais aprofundados.
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