segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Livro : Cidades Rebeldes

Por Pachá

Coletânea de artigos para entender as manifestações que tomaram as ruas do Brasil, Turquia, Irã e também o movimento ocuppy Wall Street de 2011.

O movimento do passe livre no Brasil, desencadeou a Jornada de Junho, e ocorre em meio a anuncio de grandes eventos, Mundial de Futebol e Olimpíadas, e uma crise econômica que começa a se instalar no pais, e tem no aumento de passagens de ônibus o gatilho para mobilização de jovens da classe média, em sua maioria, que vão as ruas para lutar pelo passe livre.

A revolução verde no irã condena o autoritarismo islâmico. A Primavera árabe luta contra o regime corrupto pró-ocidental.

O multifacetado grupo reúne jornalistas e pesquisadores das ciências sociais com objetivo de criar pontos em comuns desses movimentos mundo a fora, que segundo Zizek o que une esses protestos é o fato de que nenhum deles pode ser reduzido a uma única questão, e sim pelo menos duas, econômica de menor ou maior radicalidade, e outro de cunho politico-ideológica.

Para Ruy Braga a ampliação dos direitos sociais é ponto crucial para entendermos as manifestações. João Alexandre acredita que o passe livre é uma etapa transformadora do sistema capitalista tal qual conhecemos. Mike Davis faz um paralelo entre Miami e as cidades brasileiras, no que tange a mobilidade. Felipe Brito e Pedro Rocha analisam o projeto excludente e militarizado do Rio de Janeiro dos territórios populares, “Que coincidência, não tem policia não tem violência”. David Harvey em seu artigo demonstra que aqueles que são excluídos do poder de decisão sobre seu destino, acabam usando o próprio corpo como ação direta para reivindicar essa participação. As pautas e agendas de analises desse e os demais escritores que integram a coletânea, nos dão uma maior percepção e reflexão sobre as transformações que foram desencadeadas na praça Tahrir no Egito, a praça do Sol em Madri, a praça Syntagman na Grécia, parque Zuccotti nos Estados Unidos, praça Taksim na Turquia como palco de jovens que gritam por mais direitos.

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Ainda que essas analises sejam muito “frescas” por está vendo apenas um fotograma de um longo filme, e para ter o filme completo é preciso tempo, certamente vai gerar material para novas interpretações no futuro, quando o distanciamento do evento proporcionará estudos mais aprofundados.

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