sábado, 26 de outubro de 2019

O Nome da Morte

Por Pachá

Baseado em uma história real, o roteiro é adaptação do livro de Klester Cavalcanti, vencedor do prêmio jabuti 2007, e conta a saga do matador Juliano Santana, vivido por Marco Pigossi.

Juliano Santana vive no interior rural de Maranhão, mas seu tio, Cícero (André Matos) aparece para levá-lo para capital onde fará exame para policial. Mas Cícero tem algo muito mais rentável que o salário de policial, e Juliano logo vira seu melhor "sócio" no assassinato sob encomenda.

O roteiro entrega uma trama muito acima da média dos filme de matadores, e quando faço tal paralelo, o faço com base nos filmes estrangeiros, cujo tema já foi tratado a exaustão, muito embora há um quesito presente em qualquer filme do gênero, a tentativa do protagonista na busca por uma vida normal, O diretor Henrique Goldman não foge a regra, mas utliza esse artificio com bastante propriedade e de forma atraente, muito embora esteja "preso' aos acontecimentos cronológicos do livro. O momento de tentativa acontece, é de praxe, quando aparece o grande amor, e para Juliano se chama Maria (Fabiula Nascimento) e tudo corria bem até a parceira descobrir de onde vem o dinheiro. 

A fotografia de Azul Serra, que alias vem assinando vários filmes dessa ótima safra do cinema nacional, como Canastra Suja, Berenice Procura, Aos teus Olhos, coloca muita dramaticidade e suspense ao personagem, seja usando as cores do cenário, ângulos e enquadramentos com bastante criatividade.

O elenco entrega boas atuações, Marco Pigossi convence como matador devoto e ao mesmo tempo inocente, Fabiula em um papel que não dá a grandeza da atriz que é, mas ainda sim com boa participação, tem também Matheus Nachtergaele numa participação, rápida.

Um bom filme de gênero, coisa que o cinema nacional precisa explorar mais, para ir além das comédias. E nesse sentido creio que tanto os filmes de ação e terror têm ganhado bastante espaço nas produções.




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