Por Pachá
"per aspera ad astra"
A filmografia de James Gray, majoritariamente tem narrativas a cerca de questões inter relacionais, família, amizade e os laços afetivos que permeiam essas relações. Em AD Astra. embora o ambiente seja o espaço, Gray imprimi essas questões existências com a mesma facilidade que em Amantes e Donos da Noite.
O engenheiro espacial Roy McBride (Brad Pitt) é filho do herói espacial Clifford McBride (Tommy Lee Jones) que saiu na missão Lima Project e não mais retornou, mas cujo os feitos de cruzar o espaço inspira a nova geração, inclusive Roy.
Toda narrativa é centrada nos dilemas de Roy, que tem problemas de se relacionar, cuja frieza em situações de stress extremo consegue manter seu batimento cardíaco abaixo de 80, e por conta disso dificulta o acesso a si mesmo.
O monólogo travado por Roy para tentar entender não o que está acontecendo, e sim uma espécie de auto conhecimento, lembra em muito os filmes de Terrence Malick, quebrado pelas cenas de ação, a perseguição em Marte, é de certo modo, pueril, ou mesmo repetitiva para mostrar o auto controle de Roy, mostrado em situações anteriores e com maior aderência, mas cumpre sus função de entretenimento.
A fotografia de Hoyte Van Hoytema e as cores alcançadas, são belíssimas e cria uma atmosfera de ficção muito próxima da realidade que conhecemos, com naves e estações espaciais tal qual vemos em reportagens de TV.
Um filme bem executado, muito embora, algumas situações criem no mínimo dúvidas, quanto as intenções e construções do roteiro. As ajudas que Roy recebe de personagens pouco provável, como de Thomas Pruitt (Donald Sutherland) e de Helen Lantos (Ruth Negga), mas parece situações criadas do nada, entenda-se preguiçosa, para ajudar a trajetória do herói.
Mas no âmbito geral, é um filme a ser colocado fácil na lista dos 10 melhores do ano.
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