Por Pachá
No Brasil com o titulo "A procura da Verdade" é o retrato da efervescência universitária em busca de liberdade e espaço, em uma sociedade conservadora e reacionária na década de 60 em pleno conflito do Vietnã. Esse choque de gerações, universitário versus educadores e administradores, é percebido pela ótica de Harry (Elliott Gould) um veterano que ao retornar do confronto do Vietnã decide concluir mestrado em literatura inglesa, e assim seguir a vida acadêmica dando aulas de Inglês.
O filme de Robert Rush tenta imprimir um retrato dessa época de transição, tanto no que tange a sociedade como a própria Hollywood que ainda não sabia como lidar com um cinema de baixo orçamento e muita criatividade que despontava e que formava um outro público, em sua maioria jovens inconformados com o status quo.
O primeiro ato, mas lembra um filme de comédia mediano. Harry tenta lidar com as dificuldade financeiras, um carro caindo aos pedaços, um quarto que já não pode pagar e uma namorada, Jan (Candice Bergen) que quer casar e morar no subúrbio, e diante disso ele precisa estudar para defender sua tese de mestrado.
Elliott entrega uma boa atuação, canastrão em algumas situações, mas creio que por conta do roteiro, seus diálogos com Candice lembram Wood Allen. Há uma participação de Harrison Ford, com poucas falas, mas com muita presença e o ar cínico que vemos em star wars.
Mas o deleite do filme é a cena de confronto dos estudantes com os policias, grandiosa, tensa, como sabe ser Hollywood para transformar tragédias em espetáculo.
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