Por Pachá
Eu realmente gosto dos filmes do Neil Jordan, gosto da construção fotográfica, da direção de arte, mas Greta é um filme pueril, com trama previsível que não se esforça para fazer dessa previsibilidade algo inusitado dentro da trama, e nem mesmo a atuação da onipresente Isabelle Huppert salva o filme da sensação de que as peças foram mal encaixadas.
O primeiro ato é bem atraente, com fotografia ágil, ângulos de câmera bem trabalhados. Frances (Chloé Grace Moretz) vive com sua amiga patricinha, Erika (Maika Monroe) que absorve todo tipo de estilo de vida da Manhattan um contraponto ao estilo de vida de Frances. Tanto a personagem Frances quanto Erika são poucos trabalhados, pois tudo acontece muito rápido na trama, e ai fica a sensação de que as peças do roteiro estão sendo encaixadas sem muita preocupação, creio que esse trabalho foi mais cuidadoso na personagem Greta (Isabelle Huppert), mas que também não cria muita empatia.
A ideia da trama não é nada original, já explorada de todas as formas à exaustão, o que demanda abordagens mais inusitadas, outras referências, mas não é isso que acontece em Greta.
Se falta esmero na narrativa, sobra na estética, que agrada, uma marca dos filmes de Jordan e quem dirige a fotografia é Seamus McGarvey que tem assinado filmes igualmente belos, Animal Noturno, Precisamos falar sobre Kevin, Alta Fidelidade, entre outros.
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