Por Pachá
A experiência do diretor francês Jacques Demy em Hollywood resultou em um filme insosso,o que é de certa forma intrigante, pois ele escreveu, produziu e dirigiu, o que nos leva crer que ele tinha total controle sobre a obra. porém tecnicamente falando, muito apurado em movimentos de câmera, direção de arte, figurino e fotografia.
George (Gary Lockwood) é um jovem arquiteto inconformado com o rumo de suas escolhas, mas ao mesmo tempo apresenta uma enorme falta de comprometimento com projetos de longo prazo como; uma familia, uma carreira profissional e como pano de fundo para essa crise existencial, tem a sombra da morte numa possível convocação para guerra do Vietnã.
Do ponto de vista narrativo a trama é frágil, com interpretações não muito convincente em tons piegas, principalmente na personagem Lola (Anouk Aimée) que alias dá o titulo ao filme no Brasil, O segredo íntimo de Lola. Gary Lockwood até se esforça, mas seu personagem playboy inconsequente tem poucas camadas e não cria empatia.
O filme encanta pelas tomadas externas a partir do carro do personagem George que em sua falta do que fazer visita seus amigos, envolvidos em seus propósitos, seja em empregos mediocre ou criativos ou na constituição de uma familia, e nesse ponto fica a fragilidade do roteiro, pois não sabemos como isso afeta George, o roteiro e o personagem são indiferentes a isso.
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