sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Skull a máscara de Anhangá

Por Pachá

Skull é um verdadeiro representante do cinema trash, e que fique claro que isso não é demérito, pois o termo trash a muito deixou de ser uma produção desprovida de qualidade técnica e estética, e é nesse último quesito, a estética, que conferiu a essas produções estilo próprio.

A trama gira em torno de uma máscara Inca que ao que parece, confere poderes infernais ao seu hospedeiro, desde é claro, que saiba utilizar o artefato mitológico. O roteiro não deixa muito claro o objetivo, mas a premissa é sempre o manjado maniqueísmo, forças malignas que vão lançar a humanidade nas trevas.


As cenas gore, o ponto forte da trama, são bem feitas, e a abertura, uma história pregressa, é muito bem conduzida, com cenas de luta bem coreografada. No desenrolar da trama, há os deslizes de diálogos expositivos e desnecessários, e cena sem encadeamento de causa e efeito, como a da personagem, gótica de Greta Antoine, que do nada, sem mais nem porque, aciona a máscara ao realizar um ritual milenar ao estilo, tutorial do youtube.

Natália Rodrigues como a policial, já com um passado complicado na corporação, tem boa expressão facial e presença de cena, mas creio que o roteiro não ajudou muito no desenvolvimento da personagem.

Nas atuações é destoante a participação do versátil e convincente Ivo Muller como o vilão que vai trazer os demônios para o mundo contemporâneo, e claro, com ajuda de uma multinacional chinesa.

Há várias referências, como Hellraiser , Jason etc. O filme tem ótimas passagens, boa fotografia e certamente agradará aos fãs do gênero.


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