Filme de 2009, no Brasil com o título de guerreiro silencioso, do diretor Nicolas Widing Refn. Filme intimista onde o diretor dá uma visão bem interessante de mitologia Nórdica, a respeito de Valhalla, lugar para onde são enviados os guerreiros após sucumbir em batalha. E um embate religioso entre duas culturas, ainda que sutil, a Nórdica e a Cristã. O filme tem poucos diálogos, um visual bem dark e tem o mérito de não usar qualquer clichê do gênero. E narra a história de um misterioso guerreiro, one Eye, de extrema selvageria, que após conseguir se libertar de uma prisão parte para cumprir seu destino.
A primeira parte, tem a relação de poder entre os vários clãs que disputam território e poder sobre os demais. One eye é uma espécie de escravo de guerra, que pelo seu estilo de combate, é poupado, porém é usado como lutador, um cão de briga. Não há qualquer arco dramático de transformação dos personagens, dos quais pouco se sabe, e nisso também há certa coerência, já que a organização social desses clãs parecem ser bem primitivas, não há mulheres, a família, o alicerce para a cultura Viking, também não há referências. A historiográfica dos povos Viking identifica três classes, Thrals compostos por servos e escravos, da qual certamente está one eye. Os Jarls que são os camponeses e os Karls que representa a nobreza.
A primeira parte, tem a relação de poder entre os vários clãs que disputam território e poder sobre os demais. One eye é uma espécie de escravo de guerra, que pelo seu estilo de combate, é poupado, porém é usado como lutador, um cão de briga. Não há qualquer arco dramático de transformação dos personagens, dos quais pouco se sabe, e nisso também há certa coerência, já que a organização social desses clãs parecem ser bem primitivas, não há mulheres, a família, o alicerce para a cultura Viking, também não há referências. A historiográfica dos povos Viking identifica três classes, Thrals compostos por servos e escravos, da qual certamente está one eye. Os Jarls que são os camponeses e os Karls que representa a nobreza.
Após ser libertado por um cavaleiro cristão, one eye aceita o convite para uma cruzada, certamente deve ser a primeira, séc. XI, e nesse ponto o roteiro pega como elemento a provável transição que a Europa e países baixos estavam passando, religiões pagãs para o cristianismo.
O filme é violento, com cenas gore, e a fotografia de Morten Søborg ajuda a criar esse ambiente de hostilidade, do desconhecido com color grading quase monocromático e bastante contraste. Os plano abertos das paisagens nórdicas também contribui para medo constante diante da vastidão de terras que escondem perigos e armadilhas.
One eye se junta com um grupo rumo ao desconhecido. E nessa segunda metade o filme ganha ares psicodélicos, me deixando com a impressão de que eles estão todos mortos, e vangando pelo Valhalla, e nesse sentido o roteiro é bem estruturado pois dá margem para algumas interpretações, tais como, assim como acham que Pedro Alváres Cabral chegou a América por "engano" os Vikings podem ter feito jornada parecida, só que esses estavam perdidos mesmo.
No elenco temos o já conhecido Mads Mikkelsen em uma interpretação que não dá mostra de seu talento, mas cumpre bem seu papel e é bem convincente, lembrando que ele fez o Le Chifre de Cassino Royale e também como protagonista do bom filme After Wedding de 2006, neste ele tem mais liberdade dramática . O diretor, Nicolas Winding, dinamarquês de 30 anos tem em seu currículo a trilogia Pusher.
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