Pachá
O velho safadão nunca escondeu a sua indiferença pelas histórias em movimentos, o cinema. Bukowski via no cinema uma tentativa malfadada de contar uma história. Mas mesmo ele não passaria incólume a sétima arte e em 1981 Marcos Ferreri transforma em filme o primeiro volume da série “Ereções, Ejaculações e Exibicionismo” Crônicas de um amor Louco, e tenta captar o inferno onírico do velho Buk. É bom ressaltar que o filme foi baseado em um dos contos desse volume, “A Mulher mais Linda da Cidade” que narra o romance de Serking (um dos alter egos de Bukowski) vivido por Ben Gazzara com uma linda, exótica e suicida prostituta Cass (Ornella Muti).
Este filme é considerado um dos grandes representantes do Cult-movie dos anos 80, em minha opinião o filme ficou muito poético e peca em retratar o universo de Bukowski, a sarjeta, bares, bêbados e toda massa de excluídos da América, mais precisamente Los Angels., mas que não desagrada enquanto entretenimento, principalmente para aqueles não iniciados na obra de Buk. Fotograficamente o longa de Ferreri é deslumbrante, com paletas de cores que lembram os pintores impressionistas, e a narrativa também é muito bem construída, com dramas verossímeis e bem ambientado.
Em 1987 Barbet Schroeder leva para as telas um romance de Bukowski feito exclusivamente para o cinema, Hollywood que chegou aos cinemas com o título Barfly, aqui no Brasil, Barfly condenados pelo vicio, terrível não. Esse ao contrario de Crônicas de um Amor Louco, o próprio Bukowski, contra sua vontade, ajudou a escrever o roteiro e fez uma pequena ponta, como um bêbado é claro.
No elenco temos Mikey Rourke, ainda com rosto de galã, vivendo o mais conhecido alter ego de Bukowski, Henry Chinaski, que na maior parte do tempo é um alcoólatra e na outra um escritor que tenta sobrevive na cidade dos anjos. Em uma de suas bebedeiras ele conhece Wanda, com W maiúsculo, interpretado pela ótima Faye Dunaway, uma alcoólatra em tempo integral que vive as custa de um amante, que a ajuda mais por piedade do que por amor. Embora o filme tenha recebidos criticas negativas, em minha opinião a atmosfera criada por Schroeder é mais próxima do universo Bukowsvikiano e Mikey Rourke se sai bem na pele do alcoólatra e degradado escritor e faz ótima parceria com Faye Dunaway.
Em 2005 mais um filme leva as telas histórias de Buk e o diretor norueguês Bent Hamer filma Factótum que retrata o período em que Bukowski frequentou aulas de jornalismo na faculdade e decidi se tornar escritor, mas para isso tinha que ter um oficio que patrocinasse sua verdadeira vocação e ai o que se tem é uma série de empregos ordinários onde o Chinaski assassina o melhor de suas horas.
O filme é estrelado por Matt Dillon no papel de Henry Chinaski, convence, mas sua carinha de galã, limpinho em camisas brancas causa um certo contraste com a visão que tenho de Chinaski nesse livro. Lili Taylor vive a companheira de Chinaski, Jan, beberrona, ninfomaníaca, dá um show de veracidade ao personagem bem ao estilo Bukowsvikiano. Outra que está muito bem no elenco e a gatinha Marisa Tomei no papel de uma striper que divide a cama com Chinaski. A primeira vez em que assisti a esse filme fiquei decepcionado, mas depois, ao assistir novamente, vi que se trata de uma das melhores adaptação de Buk.
Este filme é considerado um dos grandes representantes do Cult-movie dos anos 80, em minha opinião o filme ficou muito poético e peca em retratar o universo de Bukowski, a sarjeta, bares, bêbados e toda massa de excluídos da América, mais precisamente Los Angels., mas que não desagrada enquanto entretenimento, principalmente para aqueles não iniciados na obra de Buk. Fotograficamente o longa de Ferreri é deslumbrante, com paletas de cores que lembram os pintores impressionistas, e a narrativa também é muito bem construída, com dramas verossímeis e bem ambientado.
Em 1987 Barbet Schroeder leva para as telas um romance de Bukowski feito exclusivamente para o cinema, Hollywood que chegou aos cinemas com o título Barfly, aqui no Brasil, Barfly condenados pelo vicio, terrível não. Esse ao contrario de Crônicas de um Amor Louco, o próprio Bukowski, contra sua vontade, ajudou a escrever o roteiro e fez uma pequena ponta, como um bêbado é claro.
No elenco temos Mikey Rourke, ainda com rosto de galã, vivendo o mais conhecido alter ego de Bukowski, Henry Chinaski, que na maior parte do tempo é um alcoólatra e na outra um escritor que tenta sobrevive na cidade dos anjos. Em uma de suas bebedeiras ele conhece Wanda, com W maiúsculo, interpretado pela ótima Faye Dunaway, uma alcoólatra em tempo integral que vive as custa de um amante, que a ajuda mais por piedade do que por amor. Embora o filme tenha recebidos criticas negativas, em minha opinião a atmosfera criada por Schroeder é mais próxima do universo Bukowsvikiano e Mikey Rourke se sai bem na pele do alcoólatra e degradado escritor e faz ótima parceria com Faye Dunaway.
Em 2005 mais um filme leva as telas histórias de Buk e o diretor norueguês Bent Hamer filma Factótum que retrata o período em que Bukowski frequentou aulas de jornalismo na faculdade e decidi se tornar escritor, mas para isso tinha que ter um oficio que patrocinasse sua verdadeira vocação e ai o que se tem é uma série de empregos ordinários onde o Chinaski assassina o melhor de suas horas.
O filme é estrelado por Matt Dillon no papel de Henry Chinaski, convence, mas sua carinha de galã, limpinho em camisas brancas causa um certo contraste com a visão que tenho de Chinaski nesse livro. Lili Taylor vive a companheira de Chinaski, Jan, beberrona, ninfomaníaca, dá um show de veracidade ao personagem bem ao estilo Bukowsvikiano. Outra que está muito bem no elenco e a gatinha Marisa Tomei no papel de uma striper que divide a cama com Chinaski. A primeira vez em que assisti a esse filme fiquei decepcionado, mas depois, ao assistir novamente, vi que se trata de uma das melhores adaptação de Buk.
Tales of Ordinary Madness - 1981

O filme tem cores opressoras e clima tenso de tragédia iminente, bem ao estilo neo-realista italiano, embora creio que não tenha sido esta a intenção do diretor que tem a preocupação de dar um tom mais poético aos excluídos e perdidos indivíduos que tentam sobreviver em um mundo duro e impiedoso.
Barfly - 1987
Dessa experiência surgiu um livro, Hollywood no qual Buk conta sua experiência com o cinema.
O filme teve muitos percalços é quase se tornou inviável, mas por fim conseguiu chegar as telas. Ao contrário de Ferreri, Schroeder imprime um clima de sarjeta, bares, decadência dos indivíduos falho diante do capitalismo americano, e ninguém viveu isso melhor do que o velho safadão.
Não há visão poética e sim os meios para se chegar até o dia seguinte e ao próximo bar, a próxima rodada.
O filme teve muitos percalços é quase se tornou inviável, mas por fim conseguiu chegar as telas. Ao contrário de Ferreri, Schroeder imprime um clima de sarjeta, bares, decadência dos indivíduos falho diante do capitalismo americano, e ninguém viveu isso melhor do que o velho safadão.
Não há visão poética e sim os meios para se chegar até o dia seguinte e ao próximo bar, a próxima rodada.
Rourke sofreu criticas do próprio Bukowski, era muito bonito, cabeleira pavoneada, certamente o que Chinaski sempre odiava em alguns tipos.
Factótum - 2005


Hamer dá ao filme um ritmo lento e destrutivo a medida que os personagem vão se degradando que fica muito convincente com a fotografia em tons amarelados desesperançoso.
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