domingo, 16 de janeiro de 2011

O Lutador


Por Pachá
Mais uma postagem atrasada...
O Lutador é desses filmes que embrulha o estômago, que faz aos mais suscetíveis a cenas do cotidiano um constante lembrete da mortalidade, de que a vida contém cenas de tédio no intervalo da emoção, de que acreditar em finais felizes e tão esperançoso quanto acreditar em papai Noel... e para quem tem como lembrança o Mikey Rouke de 9 ½ semanas de amor ou mesmo coração satânico, este um clássico, vai ficar chocado com o visual do malandro, que na década de 90 resolveu dar um tempo na carreira de ator para se dedicar a luta profissional e mesmo depois de muita plástica os estragos são visíveis, mas o cara não perdeu o feeling e continua convencendo nas suas atuações e o que se vê nos 115 min de filme é um personagem, um veterano lutador de wrestle, resignado e consciente de que o maior responsável pela sua degradação é ele próprio e em momento algum clama pela piedade do telespectador, ele apenas segue o ritmo de sua vida para o desfecho inevitável de que tudo que é vivo tem a morte latente e por isso não há final feliz.

No elenco também tem a experiente Marisa Tomei, que já embolou meus sonhos juvenis, no papel de uma striper tentando se agarrar aos lastros de uma vida em constante antagonismo entre o imoral e as responsabilidades maternas.

O diretor Darren Aronofsky, que já consta na minha lista de diretores que sabe o que faz, vide PI e réquiem para um sonho, deu ao filme uma cara de documentário com tomadas de câmera à estilo dogma e fotografia granulada propositalmente sem muitos cuidados, cruas e nuas... filme intrigante para ser visto e revisto.



2 comentários:

  1. O Lutador é um daqueles filmes q m envolveu e comoveu pacas, acho q o Carneiro é um pouco d cada um d nós e dai a facilidade d identificação c o personagem.
    Mikey Rouke ta parecendo o Dedé Santana depois da plástica, mas o cara ainda tem muito credito na casa.
    Ta ligado q ele s espelhou na filosofia do Bill Goiaba "ñ tenho mullher, ñ tenho trabalho, minha filha ta nem aí, tenho q lutar mesmo!"

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  2. hahaha!
    assisti novamente a esse filme e fiquei tão impressionado quanto a primeira vez. É claro que a tela pequena tira um pouco da qualidade, mas a emoção, comoção estão lá.

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