Por Pachá
Killer Kiss (a morte passou por perto) é o segundo longa (há também os curtas) de Kubrick na fase americana quando o diretor estava na casa dos 26 anos. A estrutura clássica do roteiro abusa dos flashbacks, mas em contrapartida tem esmero trabalho de fotografia, com ângulos encantadores. Bom lembrar que por trabalhar como fotografo da revista Look possibilitou a Kubrick explorar ao máximo, cores e luzes, e esse trabalho de fotografia é primeira coisa que se nota no filme. Vale ressaltar também que Kubrick escreveu, dirigiu, fotografou, sonorizou, produziu e distribuiu seu segundo longa, bem ao estilo Orson Wells em Citzen Kane, com a diferença de que o orçamento de Kubrick era paupérrimo.
A trama gira em torno de um veterano lutador de boxe Davey (Jamie Smith) que se envolve com garota de dono de salão de dança Vicent (Frank Silveira). Inconformado pelo fato de Gloria (Irene Kane) não nutrir por ele sentimento mais evoluído, Vincent decide que Gloria não será de mais ninguém. Mas Gloria já está envolvida com Davey que chega a linha final de sua carreira ao perder importante luta, e decide voltar para fazenda do tio em Seattle levando Gloria. O enredo é simplista dado que Kubrick teve que dividir sua criatividade em outras áreas, o que certamente prejudicou uma melhor tratativa dos atores, pois em minha percepção faltou carga dramática para uma maior verossimilhança interna, denotando superficial trabalho de atores, mas ainda sim é um bom filme noir.
A partir desse longa Kubrick já faz experimentações com uso da perspectiva com linhas de fuga de corredores, paredes, etc.
Nos extras do DVD há interessante artigo a respeito das dificuldades enfrentadas por Kubrick para finalizar o filme, desde negociação para conseguir autorização de filmagens nas ruas, becos e estabelecimentos até a dublagem, por exemplo, de Irene que não estava disponível para refazer áudio, o que obrigou Kubrick a dublar o personagem Gloria. Dessa fase americana ainda tem o ótimo Killing.
A partir desse longa Kubrick já faz experimentações com uso da perspectiva com linhas de fuga de corredores, paredes, etc.
Nos extras do DVD há interessante artigo a respeito das dificuldades enfrentadas por Kubrick para finalizar o filme, desde negociação para conseguir autorização de filmagens nas ruas, becos e estabelecimentos até a dublagem, por exemplo, de Irene que não estava disponível para refazer áudio, o que obrigou Kubrick a dublar o personagem Gloria. Dessa fase americana ainda tem o ótimo Killing.
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