domingo, 26 de maio de 2013

Les clan des Siciliens 1969

Por Pachá
Filme Francês com sotaque inglês está no Hall dos grandes filmes policias, tanto no que diz respeito estrutura da historia como nas soberbas interpretações, muito embora estas estejam ofuscadas pelo idioma, onde certamente os atores dublaram a si próprio uma vez que a língua mãe da maioria dos atores é o Francês. Com dinâmica típica de filme de gangster centrado em torno de  uma família, Os Manalese, cujo patriarca Vittorio é interpretado por Jean Gabin um dos ícones do cinema francês nos anos 50. O diretor Henri Verneuil consegue ir além do filme policial comum, com personagens bem trabalhados em equilíbrio com trama repleta de ação.

Roger Sartet (Alain Delon) é um gangster com fama de implacável, frio e cruel. Preso ele contrata os serviço da família Manelese para escapar enquanto é transportado para prisão, o que é prontamente atendido pelo clã siciliano, mas com olhar atento de Vittorio que não confia em Sartet. Mas como todo gangster não recusa trabalho, e vê boa oportunidade de ganho no plano apresentado por Sartet, roubar conjunto de joias no valor de 50 milhões, mesmo diante do alto risco. A partir desse ponto o roteiro estabelece interessante jogo de poder entre Vittorio e Sartet, o primeiro tentando manter hegemonia nos negócios e controle da família. O segundo em vida de vilania no mais puro extinto de sobrevivência, onde único laço familiar é uma irmã a qual tentar proteger deixando-a fora do seu mundo.

A grandiosidade do filme é amparada nas convincentes interpretações, Gabin como Vittorio um gangster em fim de carreira com princípios e valores familiares controversos, dado que toda família é envolvida no crime e nele se mantém unida. Delon na pele de bandido mau até o osso é correto e convincente ainda mais quando tem a seu favor o ar de galã canastrão destruidor de corações, e por esse estilo atraia a bela Jeanne Manalese (Irina Demick) nora de Vittorio, porém rejeitada por não ser italiana. Entre Jeanne e Sartet surge perigoso affair que vai intensificar a relação de poder entre os dois gangster, um em nome da família e outro me prol da sobrevivência. Entre eles ronda a figura do incansável  detetive LeGof em interpretação magistral de Lino Ventura. Por si só as interpretações rendem boa diversão, mas Verneuil também tem correto senso estético quanto ao trabalho de câmera, fotografia e nos brinda com um grande filme policial.


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