sábado, 20 de julho de 2019

Like Me 2017

   Por Pachá

O filme de estréia do diretor Robert Mockler, que também assina o roteiro, é uma critica dolorosa de como a internet (redes sociais) moldou de maneira irremediável a forma como nos relacionamos, até ai nada de novo no front, mas a estrutura narrativa desenrolado na trama de Kiay (Addison Timlin), tem requintes de crueldades, quando Kiay tentar criar conexões interpessoais de maneira inconsequente. 

No intuito de se tornar famosa na internet Kiay submete ao ridículo um vendedor de uma loja de conveniências. Ela posta o vídeo e ganha milhares de seguidores, a fama, é fugaz e por isso precisa ser reafirmada a todo instante nesse universo de avatares e personalidades fabricadas, então Kiay precisa ser criativa e criar sua narrativa para não só manter porém aumentar o numero de seguidores. E nessa saga patológica onde o problema raiz, a solidão, é aplacada na futilidade e banalidade da falta de alteridade.

O filme de Mockler encanta também pelas cores, com nítida influência de Dario Argento (em suspiria 1977), com planos e movimentos de câmera que colaboram para conferir uma atmosfera psicodélica..  A atuação de Adison Timlin, que de acordo com IMDB, é seu primeiro trabalho, é convincente ainda mais pelo contraste entre a aparecia frágil da atriz e atitudes doentias de Kiay. A atuação de Larry Fessenden é correta e os diálogos entre seu personagem Marshal e Kiay dá o tom solitários daqueles que perderam os lastros do mundo que os rodeiam.

Filme necessário para tempos de exibicionismo na busca da atenção, de ser amado.










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