O filme de Escalante é todo pautado no sexo. Quando um meteoro cai nas terras mexicanas, todos que tem contato com esse objeto acaba desenvolvendo uma simbiose sexual com estranha criatura que pegou carona nesse meteoro.
A trama é amparada, ainda que no âmbito fantástico, na panespermia, teoria para qual a vida na terra se deu a partir de organismo trazidos por meteoros, e portanto nós, humanos, somos alienígenas. Esse alienígena mimetiza o prazer mais profundo dos humanos, levando-os a dependência total, a ponto de anular qualquer outro prazer, se não com ele.
A estrutra narrativa é bem trabalhada, criando mistério diluído nos conflitos dos personagens, Verônica (Simone Bucio), que vive uma abstinência do alienígena, que o roteiro trabalha como uma crise existencial, amorosa ou algo que o valha. Alejandra (Ruth Ramos) em um casamento sufocante com Ángel (Jésus Maza) um homoafetivo enrustido, que tem um caso com irmão de sua mulher.
As interpretações são intensas, convincentes e aliadas ao quesito realismo fantástico, proporciona uma atmosfera atraente sem lançar mão de clichês dos filmes do gênero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário