segunda-feira, 17 de maio de 2021

Piripkura

Por Pachá

Um dos documentário mais lindos que assisti, muito embora carregado de tristeza.

Pakyi e Tamanduá (respectivamente tio e sobrinho) são os dois últimos sobreviventes de sua tribo, Piripkura "povo borboleta", dizimada pelos madeireiros, garimpeiros e grileiros que assolam o noroeste de Mato Grosso. A abordagem é feita por meio do servidor da FUNAI, Jair Candor, um experiente "mateiro" cuja missão é encontrar Pakyi e Tamanduá e garantir assim, a existência dos dois indígenas, e com isso garantir a demarcação de terras. 

Encontrar os dois índios, não é tarefa das mais fáceis, e no processo de rastea-los, Candor conta com informações da irmã de Pakyi, Rita sobrevivente do último massacre que praticamente dizimou a tribo. Rita vive entre os brancos e fala um pouco de português.

A narrativa, sutilmente, mas de forma precisa, nos dá a real importâncias das instituições de proteção aos índios, como a FUNAI, que mesmo padecendo de recursos e até mesmo de politicas mais eficientes de demarcação e preservação das centenas de tribos indígenas conhecidas, ainda sim é fica notável sua atuação.


Em tempos de discurso de proteção ambiental, e que fique claro, tardiamente, o filme abre um debate, não só este, Sérgio Biachi em Mato Eles? de 1983, já havia levantado a questão, de como se dá a relação, de um país, urbano e industria, com seus povos nativos.

Filme indispensável para quem se preocupa com proteção e sustentabilidade ambiental e principalmente a questão indígena. Em minha percepção, esse documentário poderia entra no conteúdo didático do ensino médio e fundamental.


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