sábado, 15 de setembro de 2012

O Legado Bourne



Por Pachá
Quem assim como eu tem na franquia Bourne uma trilogia mais que redonda, com três filmes bem encadeados de roteiro, estrutura e atuação, muito embora eu não simpatize muito com estilo Matt Damon, ele está bem na trilogia, creio que os três filmes são exemplo convincentes de continuações bem feitas e honestas, a primeira dirigida por Doug Liman, e a duas seqüências finais por Paul Greengrass. O legado Bourne (The Bourne Legacy) dirigido por Tony Gilroy, que assinava os roteiros dos filmes anteriores, não tem as mesmas seqüências de ação dos anteriores, Gilroy faz uma longa apresentação do programa de super agentes tornando a trama mais política, quando Eric Byer (Edward Norton) um oficial de alta patente e agora executivo encarregado do programas de super soldados do tio sam, está ameaçado pelos desdobramentos do caso Bourne que foi levado aos tribunais pela agente especial Pam Landy. 

Ainda baseado na obra de Robert Lundlum Gilroy faz um bom filme que em nada deixa a dever aos antecessores, ainda que o personagem Aaron Cross (Jeremy Renner) esteja a sombra de Bourne (Matt Damon), mas em minha percepção as atuações de Renner tem mais equilíbrio, talvez porque Gilroy optou por usar poucos efeitos especiais, dando mais atenção a trama, o que em meu ver deixou o filme com maior veracidade interna. Como por exemplo, não vemos o super agente Cross, guiar carro em fuga nas ruas de Moscou e ler  mapa ao mesmo tempo. Como ponto negativo Gilroy não convence dirigindo cenas de ação, que beiram o lugar comum, a mais frenética, nas ruas de Manila nas Filipinas já haviam sido explorados nos filmes anteriores.

Elenco conta Rachel Weisz em papel pouco expressivo, não por por culpa de sua capacidade de interpretação, creio que por buraco de roteiro que assim como Norton são pouco explorado, em papeis rasos e até insossos. O final também é pouco convincente, com certo romantismo pueril. Mas no todo o filme é empolgante e merece ser visto na telona.


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