sábado, 22 de junho de 2013

Star Trek Into the Darkness

Por Pachá
O segundo filme da franquia star trek sob a batuta do diretor J.J. Abrams é corretamente amparado na ação. A abertura do filme é uma síntese dos quase 150 minutos da saga do capitão James T. Kirk (Chris Pine) e cia. Mas desta vez o inimigo não é motivado por paixões romanescas e sim de perpetuação da espécie. A trajetória do herói, Kirk, é bem nítida no mais clássico exemplo de narrativas do gênero. Ele é destemido, tem imenso senso de coletividade, coloca amizade acima de tudo, mesmo que isso vá contra regulamento da federação. Fato bem claro na primeira cena em que a USS interprise NCC 1701 é usada para salvar Spock (Zachary Quinto) da fúria de um vulcão prestes a dizimar atrasada civilização de planeta há anos luz da terra.

Esse individuo imbuído de intenções onde os meios justificam os fins, encontra sérios problemas ao retornar a Terra ao ser questionando sob sua conduta no comando da USS e perde patente de comandante da nave. Mas um golpe terrorista o coloca novamente a frente da frota. Kirk então é incumbido da missão de caçar o responsável pelo atentado terrorista (qualquer semelhança ao 11 de setembro é mera...) que esta escondido em distante planeta sob domínio klingon.

Com estrutura mais linear que o anterior, esse star trek opta nitidamente pela simplicidade, diálogos rápidos com piadas, principalmente de Bones (Karl Urban) bem a contexto da trama do seriado.

Como discurso temporal,  Abrams coloca certas passagens alinhada com visão americana, principalmente da política externa intervencionista. O comandante Pike (Bruce Greenwood) enquanto passa sermão em Kirk explica que a federação é uma frota de exploração do universo sem fins expasionista e/ou políticos, apenas um observador sem caráter de intervenção nas diversas formas de vida e organização de sociedades que encontre ao singrar universo. Mas por outro lado, a federação não hesita em destruir um planeta para capturar um terrorista. Esse terrorista que agora assombra a paz da federação, foi criado pela própria federação, que agora tenta justificar um erro com outro erro. E ai não é só semelhança, é uma leitura do tempo em que vivemos.

No campo interpretação o grande nome fica por conta de Benedict Cumberbatch como Khan o super soldado, mistura de Bin Laden com Jason Bourne que voltou para vingar seu povo. Benedict dá frieza e determinação que só os bons vilões tem. Ele é inteligente, selvagem e cruel nas palavras de Spock e portanto alavanca a importância do herói mesmo que a trajetória desse não tenha a mesma dimensão cênica. 

Há também o colírio do filme, Carol (Alice Eve) que vem tirar o posto de Uhura (Zoe Saldana) como principal figura feminina da trama. E que já começa balançar o "coração" de Kirk.

Um ótimo filme de ação, honesto, visual e bem feito. No mais é aguardar a continuação...




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