terça-feira, 16 de junho de 2015

Mad Max - Fury Road


Por Pachá
Quase três décadas separa o primeiro Mad Max 1979 e Fury Road 2015. Sir Geoge Miller hoje com 70 anos mostra como se faz um filme blockbuster sem cair em clichês hollywoodianos dos filmes do gênero. Responsável pela continuação da franquia, Mad max The Road Warrior de 1981 ele veio a emplacar outro filme que lhe rendeu grande notoriedade, As Bruxas de Eastwick de 1987.

Fury Road é um filme que agrada da primeira a ultima cena, não há  enche linguiça. Roteiro e narrativa estão primorosamente conectados, os diálogos, que não são muitos, são precisos sem redundâncias e necessários quando as imagens carecem deles. A fotografia de John Seale é árida, tostada de amarelo conferindo ao pré título ou epílogo, "O futuro pertence aos loucos" sua carga de insanidade e devoção para aqueles que estão dispostos a morrer por um ideal. E o que mais resta?

No insano futuro de Miller o grande desafio é se manter são, e na verdade não há mentes sãs, e sim o instinto de sobrevivência. E a suposta luta entre os bem intencionados e os mal compreendidos é o fato de que o ser humano é capaz de matar e morrer por uma idéia. E em prol de um bem maior, tudo se justifica. A narrativa de Miller carregada de belíssimas cenas de ação nos proporciona algumas reflexões sobre o estado em que anda a epopéia do homosapiens por esse planeta. Os war boys de Fury Road não são diferentes da ala radical do islã, dos soldados dos narcotráficos e qualquer grupo com ideais fundamentalista. São alguns paralelos fácil de enxergar no filme de Miller. 

A ideia central do roteiro é básica, sobreviver. Max é um solitário sobrevivente e enlouquecido pelo passado onde estão mulher e filha assassinados pela gangue dos guerreiros da noite. Fury Road é um remaker do road warrior, no qual o mundo esta imerso na insanidade coletiva e a busca por combustível é mote para keeping running e sobreviva. 

As atuações são o ponto alto, com destaque para atuação de Charlize Theron, alias o filme tem grande ênfase no papel das mulheres como seres cuja única função é perpetuar o legado de Imortan Joe na insanidade de Hugh Keays-Byrne que já era insano em Mad Max de 1979 na pele de Toecutter. A direção de arte certamente se inspirou nas HQs de MoebiusEinke Bilal para criar o cenário pós apocalíptico de um mundo sem lei, sem misericórdia um mundo de completa e inteira loucura.

Road Fury é forte candidato aos melhores filmes do ano no gênero ação.



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