Por Pachá
A literatura fantástica, terror, suspense e ficção nunca caiu nas graças dos leitores brasileiros. São poucos os livros dedicados ao tema e tal o que ocorre no cinema, na literatura o leitor acaba por dar preferencia aos autores estrangeiros. Bem, mas essa é uma profunda discussão que implica abordar diversas áreas, desde o mercado editorial até a formação de escritores no fantástico.
No prefácio do livro há excelente definição do fantástico. "Em geral, nossa primeira tentativa de definir ou descrever a literatura fantástica se dá de forma negativa. Pensamos nela pelo que ela não é. O fantástico por essa ótica é tudo que não é realista. Isto nos deixa na mesma situação de quem começa a descrever o Universo afirmado que nele existem dois tipos de coisas: 1) as berinjelas e 2) Tudo que não são berinjelas. Se por um lado é fácil definir o que é berinjela (Houssais a definir como uma planta da familia das solanaceas, de flores violaceas e grandes bagas roxas) dentro da categoria não-berinjelas cabe uma quantidade pertubadora de coisas; os clipes de papel, os verbos intransitivos, os trinomios de segundo grau, os zagueiros do vasco, as ONG, os mosquitos da dengue..."
Nessa coletânea de contos temos amostras de várias vozes que tentaram, não pelo vácuo nas publicações, e sim pelo exercício de abrir uma fenda na realidade para dar as palavras o medo, terror. São 16 contos de autores conhecidos e renomados e também ilustres desconhecidos, mas que já flertavam com o fantástico em publicações no Brasil e no exterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário