O longa do cearence Guto Parente está permeado pelo realismo fantástico, em uma narrativa que mescla opressão social, e a fantasia de uma elite brasileira que literalmente come seus empregados.
Na trama, o empresário Otávio (Tavinho Teixeira) e sua esposa Gilda (Ana Luiza Rios), em interpretações soberbas, fazem parte de um secreto clube no qual demais membros tem o peculiar hábito de comer carne humana.
A narrativa tem esmero verossímil com diálogos bem construídos, o que é raro nos filme fantásticos nacionais, quando se há uma tentativa de reproduzir narrativas dos filmes estrangeiros. A fotografia cria interessante constraste, entre a narrativa por vezes gore, e imagens nítidas com exagerada definição, mas que corrobora com os conflitos dos personagens, asseados, requintados e ao mesmo tempo irracionalmente selvagens.
A qualidade técnica do filme impressiona, colocando o gênero suspense/horror nacional em um patamar de igual com filmes gringos do gênero, e não a toa o filme vem ganhado prêmios em festivais nacionais e internacionais.
Quem assina os efeitos especiais é Rodrigo Aragão talvez um dos nomes mais expressivos atualmente do cinema de terror nacional.
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