terça-feira, 24 de setembro de 2019

Parasite 2019

Por Pachá

Joon-Hoo já havia dado mostra de boa direção em O Expresso do Amanhã" e "Okja". Em Parasite ela faz uma mordaz critica a desigualdade social, ao colocar duas famílias em lados opostos do poder aquisitivo.

A familia Park mora em uma mansão cercada por um bosque, a família Kim em um porão com cheiro característico da pobreza, de "rabanete vencido, de pano fervido", e sutilmente o roteiro se apega a esse fato para desencadear o cômico ainda que trágico das duas famílias. Se de um lado temos a familia que herdou a fortuna, do outra a astúcia daqueles que não tem opção, a não ser a "esperteza" para sobreviver. E como certa vez disse o malandro Bezerra, para acabar com a malandragem, é preciso prender todos os otários".

A trama é bem construída, com ótimos pontos de virada, sem necessariamente ser previsível, muito embora o titulo entregue um pouco da história, um parasita diferente da simbiose, implica na morte do hospedeiro, e podemos ver isso nas três famílias, os Parks o hospedeiro, de Moon-Kwang, que tem o marido vivendo há mais de 4 anos no buker da casa, sem que os donos saiba, onde existe a ajuda mutua, como é uma simbiose, até aparecer o parasite, família Kim, que promove o desequilíbrio, sem que a familia Park perceba.

A fotografia é atraente, muito embora, o estilo esteja presente nos filmes coreanos, com movimento de câmera precisos, ângulos sem muitas ousadias e o color grading com pouca saturação, e muita nitidez.

O filme tem despertado atenção por onde passa, em Cannes ganhou palma de ouro, e certamente será candidato ao filme estrangeiro no Oscar.





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