Por Pachá
Escrito e dirigido por DeBrito que já tem no currículo Condado Macabro e vários curtas, almas que dançam no escuro é baseado no livro "Palavras Interrompidas" também de Marcos DeBrito.
A trama gira em torno de um pai, Carlos (Paulo Vespúcio) que tenta entender as circunstâncias da morte de sua única filha, Fernanda (Elisa Teles). Em sua jornada que tem a vingança como força motora, Carlos é confrontado com seus princípios cristãos quando, seu cunhado, Sérgio (Alan Pelegrino) um padre local, se esforça para demover esse sentimento de Carlos e colocá-lo no caminho de Cristo.
Com uma fotografia bem construída e atuações convincentes, o filme consegue, mesmo com um enredo um tanto batido para o gênero, prender atenção do espectador. O roteiro tenta encadear os eventos, mas em minha percepção, o ritmo e passagem do tempo ficou um tanto comprimido, o protagonista está sempre com a mesma roupa, sugerindo que os eventos se passaram em um único dia, ou mesmo uma espécie de regressão para entender como ele chegou até aquele ponto.
Francisco Gaspar como o proprietário do clube do inferno, tem toques de Gary Oldman em True Romance. Ele que também está no terror gore Condado Macabro, tem participação marcante quando em cena, seus diálogos, ainda que muito literal e certamente extraído frase a frase do livro, lembra Advogado do Diabo, alias a trama tem ótimas referências, como Angel's Heart por exemplo.
Almas que Dançam no Escuro é mais um prova de que o cinema de gênero brasileiro, suspense e terror, está evoluindo a cada produção, tanto em técnica cinematográfica e enredos.
Assisti ao filme na 12 edição do cinefantasy 2021. O teaser é bem franco, não diz nada sobre a trama, são apenas umas imagens de cobertura, mas dá uma pequena, pequena mesmo, mostra da fotografia.
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