Por Pachá
Ainda que o visual de Prisioneiros da Cidade Fantasma seja uma deslumbre e que Cage esteja no modo Cage, não salva o filme de um longo bocejo.
A narrativa com estética de fábula é morosa e nada empolgante e ainda que conte com boas atuações, o que não chega ser o caso, já que as atuações no geral são medianas.
Hero (Cage) é um ladrão de banco que juntamente com seu parceiro Psycho (Nick Cassavetes) são presos durante um assalto malogrado em Samurai Town. E ai entra outro ponto que me incomodou, o uso de cenários explicitamente cenográfico lembrando um teatro.
A trama tem diversas referências, desde o Kabuki até a mitologia grega de Eurídice, quando Hero precisa resgatar a "filha", Bernice (Sofia Boutela) da cidade fantasma, e ai cabe outra referência possível, Fuga de Los Angeles. Na epopéia do anti Herói, Hero vai confrontando seus fantasmas para libertar o povo de Ghostland e levar Bernice de volta pra casa, claro que o fracasso tem consequências fatais para Hero.
Ao final ainda que as imagens e a cenografia sejam de encher os olhos, a trama peca em apostar na insanidade ou pesadelo em detrimento de conflitos mais trabalhados, deixando o filme a cargo da interpretação de Cage, mas nem mesmo a atuação de Cage, que é está bem no papel, salva o filme.
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